Temos uma brasilidade n’alma, n’arte, na vida, no sexo, no prazer de ser e querer não pátria, mas nação. Nação onde todos podem, a partir do instante em que se consagra ser e humano. Nação solidária, irmã, que se une quando tudo parece perdido, quando a seca séca o corpo e a alma, quando a casa cai no morro e enche na enchente, quando o edifício desmorona com a bomba feita de material barato e de segunda mão, quando a violência leva o pai, o filho e o espírito santo deste povo injustiçado, cansado e que não se cansa de acreditar, de crer e ter fé em Deus, em Jesus de braços sempre abertos sobre a Guanabara, Padre Cícero Romão Batista, Senhor do Bonfim, Aparecida do Norte, bom Jesus da Lapa, São Sebastião do Rio de Janeiro, São Paulo apóstolo de todos os paulistanos, desta paulicéia desvairada. Avenida Paulista, Manhattan brasileira, cheia de injustiça e desigualdade, mas de gente forte que quer e luta por toda a vida para ter um lugarzinho ao sol no Parque do Ibirapuera, num domingo de manhã, só pra ver a Rita Lee
|