Fosse o globo o ocular que a tudo vê,
bem depois da cigana prever
que o fim está próximo,
que seremos os ótimos
num mundo tão cheio de defeitos,
ainda assim continuaria a beber o meu café,
andaria pé ante pé
até a cabeceira de um deus que morre,
levemente sussurraria em seus ouvidos
que por aí se comenta
que a morte da razão é a perda do juízo
e nada mais no cosmos nos socorre...
Fosse este o momento para qualquer reflexão,
que fosse posto para se pensar
numa escola de sábios,
num haras cavalar,
ainda assim não resistiria à provocação,
chamaria os anjos de bastardos,
chamaria a horda de soldados,
acabaria com esse mundo infeliz,
outro poria em seu lugar,
o ancestral, a matriz...
|