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Antônimo
Tanny Tarquínio

Eu adorava caras inteligentes, com papos legais e que acompanhavam rindo as minhas piadas maldosas, mas ele era uma triste exceção da regra. Os atributos notáveis não me enchiam a vista e todo pensamento que eu direcionava a ele se concluía no quanto eu não conseguia exergá-lo como ele queria. Cansei de ouvir meus amigos dizendo que eu era boba, desperdiçava oportunidades ou escolhia demais. Eles não sabiam de nada. Como chumbo nos meus pés, ele não me tirava do chão, eu não conseguia voar. Eu queria navegar mar a dentro, ele era âncora. Por mais que nós nos divertíssemos juntos, o peso dele me assombrava… Era além do que eu suportaria, assumo minhas limitações. Não sei se ele era bom demais, eu era ruim demais, ou nossos instintos não se encaixavam. Não dava. A presença dele esmagava a minha liberdade e eu me perdi sem saber se isso existia ou se eu havia criado pra me precaver do que nitidamente nem começaria, imagina ir adiante. Eu dispensava o que parecia ser perfeito - preciso reiterar e reafirmo com isso o quanto eu tenho aversão pela perfeição - e ninguém percebia que não era tão simples. É sempre muito difícil ser complexidade, meus amigos não entenderiam, o cara também não entenderia, mesmo porque eu cheguei aonde estou - talvez passe toda a vida - e ainda não entendo.


Biografia:
Escrever, pois o que não cabe na gente escorre em palavras.
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