Insisto...
Uso a palavra amor para falar de raça, credo, cor,
de jeito, tomada de posição, rebatidas,
para me reportar a essa vida
que levo como peregrino,
que envelheci meu mundo,
minhas esperanças,
meu menino,
minha criança,
meu destino,
minha crença...
Olho ao redor e o que vejo não é o que eu queria,
barcos ancorados e seus corações solitários
estendem suas lágrimas na areia fria,
rezam de joelhos diante
de seus relicários...
Se eu pudesse puxaria o fio que desmancha a ilusão
de que estaremos na carruagem rumo a um céu distante,
refaria a tela em que projetamos nossa material confusão
de acumular pedras e aço como se possuir e ser possuído
pelo amor não fosse o melhor e o bastante...
Venha...dê um passo e abra um sorriso,
branco, de paz, amarelo como o trigo,
dê um abraço no universo e faça dele
o melhor amigo em sua extensa rede...
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