Já nem sei porque escrevo
sobre tanta coragem se o medo
é que me leva em viagem pelo mundo
a escolher, no alto do raso, o mais fundo...
Sei-me apenas com tinta e voracidade,
mão estendida e múltipla sensação,
tocar o céu e ao mesmo tempo o chão,
plantar nuvens e chover sobre a cidade...
O quanto tenho nunca medi e nem medirei,
nem se tanto ou pouco de muito me valerá;
sigo, como segue o rio, o pássaro, e seguirei
até que ouse o olvido, por acaso, me achar...
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