Os arranhões na janela, riscos de sangue e medo,
o coração dispara mãos que nada alcançam,
se deita no colo a cabeça, cansada de mentar ideias,
o frio da noite abraça o corpo que treme,
um fio de luz cai sobre os tristes olhos,
como se cantasse a canção da partida
os lábios murmuram um poema de dor;
o tempo, parado na esquina,
espera que cesse a dor
para partir, seguir, ir,
seja aonde for...
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