De uma aquarela verde e amarela,
o artista pinta sua triste tela.
Em misturas de cores exóticas,
no azul Brasil de variadas óticas.
De um choro no barro escorrido,
renasce afluente nascente de um rio.
Em meio a lama de Mariana,
molhando a tela da aquarela,
pincela o artista o verde que esmera.
Risca o carvão rabisco seco na imagem,
mosquito permeia castigando o sertão.
Manchando em vermelho mães que choram seus filhos,
consciência aviltada, amarela toda nação.
Da paleta verde e amarela,
o artista esboça orgulhosa aquarela.
No azul do oceano profundo,
ele estrela os estados na tela
Nas cores de partidos políticos,
multicores que não formam o branco da paz.
Só controvérsias de empreiteiras laranjas,
de um negro petróleo em propina, que só a lava jato desfaz.
Exuberante é o verde o amarelo e o azul,
mas o branco chama mais atenção,
pincelando o artista assina:
Ordem e progresso. Essa é a solução.
Da bandeira pintada na tela;
o legado temos que hastear.
No azul anil do amado Brasil,
todos podem essa tela pintar.
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