Numa precária comunidade localizada às margens de uma barragem em alguma cidadezinha americana vive Hushpuppy, uma garotinha de 06 anos e seu pai, Wink. A comunidade denomina-se Bathstub e se mantém graças aos fortes laços de solidariedade de seus moradores, permitindo certa organização social num espaço onde a miséria e a precariedade predominam, dando um caráter incômodo e inquietante ao lugar, uma vez que a brutalidade dos modos daqueles indivíduos substituem qualquer traço de sutileza e sensibilidade que eles poderiam ter.
Neste contexto, os roteiristas Lucy Alibar e Benh Zeitlin (diretor do filme) retratam Bathstub através dos olhos da pequena Hushpuppy, que enxerga aquele lugar sob uma perspectiva romantizada e cheia de fantasia, tendo aquilo como sua única referência de mundo ou sociedade e enxergando a vida fora da barragem com perigo e receio (os “de fora”, segundo ela), representando-os visualmente como uma manada de javalis pré-históricos que, viajando em direção àquele lugar, simbolizam as ameaças que a comunidade enfrenta, seja por meio de tempestade ou através de agentes do governo que podem surgir de uma hora pra outra, já que Bathstub não passa de uma comunidade clandestina que resiste/ insiste em não sair dali...
PARA LER O RESTANTE, ACESSE: https://bauresenhas.wordpress.com/2014/12/11/indomavel-sonhadora/
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