Login
Editora
|
|
Texto selecionado
ONDE ESTÃO OS CARAS-PINTADAS? |
Simone Barbariz |
Resumo: Indignação com a falta de manifestação da população contra a destrição que vem sofrendo a máquina pública |
1992. As ruas são tomadas pelos caras-pintadas.
Calma! Não foi uma invasão de tribos indígenas para tomar conta do País. Foi tão somente a forma que a juventude encontrou de mostrar sua insatisfação com a política adotada pelo Presidente da época, Fernando Collor de Melo, exigindo que alguma atitude fosse tomada para que aquilo não perdurasse.
2006. Apesar do burburinho de botequins e rodas de amigos, onde a temática principal é a má administração Federal e o caráter (ou falta de) do atual Presidente, Lula, ninguém protesta e/ou exige que a Democracia seja respeitada e exercida em sua plenitude.
A frustração toma conta, cada vez mais, do ânimo do brasileiro.
Mas por que deste desânimo todo?
Onde estão os caras-pintadas para exigir que alguma atitude seja tomada?
Será que estão envergonhados por terem defendido a ferro e fogo um governo de esquerda e estão perplexos com os rumos tomados?
Será que cuecas, sanguessugas, vampiros, bloqueios de investigações criminais, grampos no TSE, compra de dossiê, etc não são suficientes para que o Presidente Lula sofra o processo de Impeachment?
Por muito menos, muito menos mesmo, o Presidente americano, Nixxon, foi obrigado a renunciar e seus ministros presos e tudo isto por causa de uma simples gravação clandestina.
Fernando Collor também sofreu Impeachment e, pior, por uma falsa denúncia, pois ele estava mexendo com figurões, e, também por um de seus assessores estar envolvido com atos escusos. Preste bem atenção, caro leitor, por UM assessor e não vários assessores e mais alguns do partido.
Parodiando Cazuza, a piscina do Planalto está cheia de lama (e cada vez mais enlameada) e não há ninguém nas ruas protestando!
Será que ninguém ficou indignado com a absolvição de todos aqueles parlamentares envolvidos nas falcatruas PTistas?
Será que realmente acreditam naquele "colóquio para bovino conciliar o sono ", segundo fala um amigo meu, de que o Presidente Lula não sabia de nada? Ou será o não conformismo de ter que se pôr fim a um mito, alguém que, por anos a fio, parecia uma pessoa exemplar, um líder, enfim, um exemplo a ser seguido?
Cada vez mais, eu tenho a certeza da veracidade da afirmação (cuja autoria, não me recordo no momento) "Dê Poder a um homem para que ele mostre sua verdadeira face." e Lula ganhou o Poder e saiu da casinha, mostrando quem, de fato, ele é.
Não, o Poder não corrompe (ao contrário do quê dizia Lord Acton) e o exemplo que temos é o ex-Presidente Juscelino Kubitschek, um dos poucos que pôde dizer com orgulho que saiu da Presidência da mesma forma que entrou.
E eu fico aqui me perguntando: onde estão os caras-pintadas?
|
Biografia: Simone Barbariz nasceu no Rio de Janeiro em 15 de setembro de 1977 e adotou Brasília desde novembro de 2002 e é escritora e agente cultural.
Seu primeiro concurso "Imagens de Um Líder", em 1995, rendeu-lhe a classificação entre os cinqüenta primeiros entre mais de três mil redações de todo nível médio (antigo 2° grau) dos colégios do Rio de Janeiro. Simone Barbariz era uma das representantes do Colégio Pedro II, tradicional colégio carioca onde estudou de 1989 a 1995.
Começou a escrever poemas em 1998, aos vinte anos, e teve sua poesia "Uma Lua, Dois Amores" selecionada, em 1999, para fazer parte do volume V da "Antologia de Novos Escritores" da Câmara Brasileira de Jovens Escritores. Em 2003, foi selecionada para integrar a antologia "Tempo de Poesia" da Editora Novas Letras e foi convidada a integrar a antologia, de um grupo que fazia parte, chamada "@teneu.poesi@" pela Editora Scortecci.
Ainda em 2003, foi convidada a recitar poesias na programação cultural da "Feira do Empreendedor", que se realizou na ExpoBrasília no Parque da Cidade. Também recitou poemas na "XXII Feria do Livro", num palco montado no térreo do Shopping Pátio Brasil e foi uma dos poetas convidados do projeto "Sextas Intenções" do Coletivo de Poetas, todas estas atividades em Brasília/DF.
Suas atividades como agente cultural começaram em julho de 2002, em parceria com o Sindicato de Escritores do Rio de Janeiro, onde organizou uma das atividades pela "Semana do Escritor": recital poético e noite de autógrafos com o poeta convidado Reynaldo Valinho Alvarez (Jaboti de Poesia em 1998 com o livro "Galope do Tempo"). E, em 2004, em parceria com a Biblioteca Demonstrativa de Brasília, organizava o sarau poético mensal chamado "POESIOTECA - Poesia na Biblioteca", que se realizava na terceira terça-feira de cada mês, na Sala de Multiusos da própria Biblioteca e tinha entrada franca.
Simone Barbariz escreve poemas, roteiros, peças teatrais, romances e crônicas, sendo estas últimas já publicadas em vários jornais pelo Brasil e em sites da internet. Tem uma coluna semanal no site de cultural "A Garganta da Serpente", onde escreve crônicas sobre política, esportes e, claro, cultura.
Simone Barbariz ainda não tem livro próprio e, segundo a autora, ela demora para lançar um porque quer algo de qualidade, diferente do que se vê no mercado editorial todos os dias. |
Número de vezes que este texto foi lido: 61419 |
Outros títulos do mesmo autor
Publicações de número 1 até 4 de um total de 4.
|
|
|
Textos mais lidos
|