De nada duvido, nem da dúvida...
Apenas sei que crer é muito pouco
perante ao que se move,
nenhuma certeza existe no rio que corre
e o mesmo mais não é depois de um segundo,
ele, que nada sabe de nós, nem do mundo...
Espio a vida e sua mágica ou será trapaça?
Toco numa folha e logo ela cai do pé,
não por mim, nem pela morte,
mas por ser apenas o que é...
Do mesmo modo a vida me tocou
e me pôs aqui,
me ofereceu datas e a memória
para guardá-las,
deu-me possibilidades e impossíveis
sonhos e a vontade para realizá-los,
só não me deu o dia da partida
e nem como evitá-lo...
Espio o dia lá fora, coberto por nuvens,
faço um café e me aqueço devagar,
sei que as coisas são tão incertas
como as ondas de um distante mar...
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