O destino das palavras só alguns homens sabem,
os que tecem, serenos, riscos sobre os campos brancos;
neles todos os sonhos se produzem e cabem
nos riscos na mão do destino,
hipnóticos ou francos...
Sai a colher, logo cedo,
o homem que não tem medo
de saber o que ainda não sabe,
o estranho sentido do oculto
feito para os corajosos
e não para os covardes...
Não precisa ser posta a mesa
para que este homem tenha a certeza
de que o que é servido
está à mostra e não dentro
da redoma de vidro...
Todos os ontens
não precisam se amedrontar
quando no hoje a palavra aparece, sorridente,
trazendo uma rosa nas mãos
e a faca nos dentes...
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