Saudade sinto do tempo que passou
quando olho, saudoso,
o relógio do meu avô...
Velhos ponteiros, horas gastas,
quem disse que o tempo não passa
por dentro dos sentidos,
como dedos deixando marcas no vidro
embaçado dos velhos olhos cansados?
Quem disse que o tempo,
na esquina,
fica parado?
Mais saudade sinto do que não vivi,
acontecimentos dentro do que senti
ao fazer as horas rodarem velozes,
do tempo que ronda as lembranças
escuto sussurros e doces vozes...
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