Enquanto a parcialidade do mundo perde-se em devaneios de uma morte em vida. O bestunto da madrugada pondera no Equânime de um vago inspirador do produto da insônia. E observando as horas que precedem, é que a rotação do mundo, passa a seguir a translação da ordem natural. Uma simples olhada para o ponteiro da existência basta para que a experiência questionadora torne-se um objeto de raciocínio sobre a reflexão do nada. Porque todo o indubitável, tende no fundo, a hesitar sobre a transcendência da convicção. Então o que provém da afirmação, é sempre a dúvida de sua certeza.
Viver no modo automático de um proceder incerto, é apenas a maneira de a vida guiar os olhos míopes da razão inata. Embora seja relativo, pois quem diz ser o que é, sempre acaba agindo como quem acredita não ser.
Mesmo quando se crê que a sapiência da integralidade é restrita a pouco de muitos, sabe-se que a restrição está na própria omissão do saber. Talvez a experiência de questionar o estranhamento seja apenas um mecanismo natural de criação. Porque o próprio ser humano, é a obra de sua própria criação.
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