Guardo retalhos diversos
-amores soturnos,
Traições impagáveis,
Mentiras, calunias-
Em um baú lacrado
Como arqueologias
Das minhas lembranças.
Dessas fotos cinzas
-já quadros velhos
De pálida tinta,
Traça na moldura,
Pregos enferrujados,
Jogados à poeira e teias,
Num canto largados
Nesse século de maio...
Desinverno!
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