Da vida e dos amores, até agora, tive pouco.
A vida me sova dura pedra na cabeça.
Os amores me deixam antes que eu diga:
Bom dia, a noite foi maravilhosa!
A vida tem me tirado o pouco
Que ultimamente eu tenho conquistado.
Os amores não têm me devolvido
O amor que eu os tenho dedicado.
Tenho vivido mais de esperanças vãs
Do que de qualquer outra coisa.
Lembro de algum amor do passado,
Vegeto na expectativa do futuro.
Estou em busca da vida,
Mas sombra, ela foge.
Estou em busca de amores,
Mas sal, as paixões se dissolvem.
Porque a vida é tão real?
Porque as paixões são tão fugazes?
Porque o Brasil não é como eu quero?
Porque não fica aqui comigo para sempre?
Talvez eu esteja a esperar muito da vida
E a cobrar em demasia dos amores.
Talvez seja melhor não esperar nada da vida,
Nem desejar perfeição dos amores.
Até porque, pensando bem, não sei se eu estou
A realizar as expectativas da vida sobre mim
E nem o que os amores esperam.
Continuarei a tentar existir, apesar de tudo,
Com bom ânimo, com alegria,
Apesar de às vezes falhar o meu sorriso.
Devo tentar o amor novamente?
Mesmo com toda ilusão à espreita,
Amar além dos enganos e das desilusões?
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