Do vento não virá a resposta
para a pergunta que lanço ao léu,
se de mim tanto assim gosta
quem no silêncio se esconde
como se sob um véu,
a enviar-me poesias de máscaras e fantasias
que povoam os quintais dos meus tristes dias...
Sinto a solidão da estrada
que sabe que nunca chegará
a não ser que alguém lhe caminhe
como faz a distante onda do tristonho mar...
Do silêncio não virá o canto que ilumina,
nem o acaso porá, de repente, na esquina,
o doce olhar, gravura tingida com a luz do luar...
|