Cabe a você me informar
do estado do amor...
De hora em hora,
de quando em quando,
se respira, abre os olhos,
se continua amando...
Eu cá, onde a solidão
plantou seu latifúndio,
sabes bem que vivo de versos,
do improvável gerúndio...
Continue com os boletins,
se ele pensa em voltar à vida,
a alimentar os que afim
de viver querem comer sua comida...
Eu cá, onde borboletas
se batem contra janelas,
respiro por ele, faço flexões,
escrevo saltos sobre cancelas,
mas, caro amigo amor,
não tenho muitas ilusões...
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