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[ Terça feira, 22 Setembro ]
Marzey

segundo capítulo;

Senti um corpo em cima de mim e forcei-me a mim própria para abrir os olhos. Elliot ressonava baixo e estava em cima de mim, com a sua cabeça apoiada no meu peito. Enrolei os seus cabelos nos meus dedos e voltei a fechar os olhos, bocejando de seguida.

Senti um corpo em cima de mim e forcei-me a mim própria para abrir os olhos. Elliot ressonava baixo e estava em cima de mim, com a sua cabeça apoiada no meu peito. Enrolei os seus cabelos nos meus dedos e voltei a fechar os olhos, bocejando de seguida.

Elliot a dormir era um anjo. Os seus cabelos grandes caíam pela sua cara, e os seus lábios permaneciam entre-abertos, permitindo-lhe respirar melhor. A sua voz matinal era maravilhosa, e o seu humor era delicado, completamente diferente das suas ações do dia-a-dia.

-Bom dia. - sussurrei, de maneira a descobrir se ele se encontrava acordado, mas não obti resposta. Não o queria afastar, pois iria acorda-lo, mas estava com uma imensa vontade de ir à casa de banho.

-Uhum. - um murmúrio escapou pelos seus lábios, e a sua cabeça caiu do meu peito para o colchão. Sorri ao observar e levantei-me cuidadosamente, dirigindo-me à casa de banho no fundo do corredor. Fiz as minhas necessidades, aproveitando para lavar a cara com água fria, e desci as escadas, que dão diretamente à sala.

Entrei na cozinha e preparei ovos mexidos, tentando ao máximo não fazer barulho. Depois de feito, subi as escadas, com dois garfos na mão esquerda, e um prato azul na direita.

-Bom dia, Hayley. - uma voz rouca surgiu ao fundo do corredor, onde pude ver Elliot descabelado e com as meias rotas, tendo alguns dedos de fora. Ri-me da sua figura e aproximei-me dele, que se encontrava com um sorriso divertido no rosto. Um beijo de bom dia foi depositado no canto dos meus lábios, e eu afastei-me rapidamente, entrando para o seu quarto a passo rápido. - Desculpa, não achei que ias ficar assim. - ele murmurou ao entra, e eu sentei-me na cama, esticando-lhe um garfo.

-Assim como? - sorri, fingindo não saber do que ele estava a falar, e enfiei ovo para a boca. Elliot sentou-se à minha frente e comeu lentamente, sempre com o olhar posto nas próprias mãos. - Ouve, eu quero pedir desculpa por ontem.

-Não peças desculpa, Hayley. - ele sorriu-me de forma compreensiva. - E eu não te posso privar das drogas se também o faço.

Assenti. Era verdade, e sinceramente, não percebia o porquê de tanta gritaria ontem no carro se ele faz exatamente o mesmo que eu.

-Mas quero que tentes parar. - ele murmurou, colocando mais ovo mexido para a boca. - Tomar é uma coisa, vender é outra.

-SABES COM QUE DINHEIRO EU PAGO A MINHA CASA?! - saltei para fora da cama, quase derrubando o prato com o nosso pequeno almoço. Elliot continuou com uma expressão tranquila, e não olhou para mim.

-Isso não é solução. Porque não arranjas trabalho? - ele questionou. Ri-me ironicamente e coloquei as mãos nas ancas, olhando-o de olhos semi-cerrados.

-Só podes estar a brincar! - abri os braços, olhando para o teto. - Eu sou despedida de tudo quanto é lado, e tu sabes disso! Eu não vou parar só porque tu, - apontei o meu indicador à sua cara. - me estás a dizer para eu parar. - rosnei.

Agarrei nas minhas skinny jeans pretas espalhadas pelo chão e comecei a vesti-las, virando costas a Elliot.

- Desculpa. - ele murmurou. Acabei de puxar as calças para cima e senti dois braços rodearem a minha cintura, o que me fez suspirar e fechar os olhos.

-Pára. - sussurrei, ao sentir um beijo na minha bochecha.

-Eu não vou parar de só porque tu me estás a dizer para eu parar. - ele imitou-se, inclinando a minha cabeça ligeiramente para a esquerda, dando-me agora um beijo no pescoço. Retirei os seus braços da minha cintura e saí porta fora, depois de agarrar nos meus ténis. - Pára de ser infantil. - Elliot desceu as escadas atrás de mim, já com as suas calças vestidas. Sentei-me no último degrau e calcei-me o mais rápido que pude.

-Leva-me a casa.

-Vamos sair, vá lá.

-Eu não quero ir a lado nenhum contigo. - falei friamente, ao ver que ele se aproximava.

-Nós devíamos ser unidos. - ele colocou os cantos dos lábios para baixo, fingindo-se triste. Rolei os olhos e cruzei os braços, passando todo o meu peso para uma perna só. Elliot continuava à minha frente, agora com um pequeno sorriso no rosto, e encostado à parede. - Vem comigo. - ele pediu mais uma vez.

Limitei-me a abrir a porta e a caminhar pelo jardim de sua casa. Passei a estrada e esperei-o perto do seu carro, que ele abriu à distancia para que eu pudesse entrar. Na rádio estava a dar Fountains Of Wayne, e deduzi ser um CD, pois este tipo de músicas não costumava dar. Elliot sentou-se no banco ao meu lado e começou a conduzir para algures, enquanto cantarolava a música que dava no momento e batucava com os dedos no volante.

-Onde vamos, Elliot?

-Quero que conheças uns amigos meus. - ele sorriu e eu assenti, abrindo o meu vidro até ao fundo. "Mas não quero que fales com o Hood."

-Ele está diferente. - comentei. - Ontem nem o reconheci.

-Não quero que fales com ele. - ele repetiu. - Ele é mau, e tem muitas na manga.

Rolei os olhos e esperei que chegássemos ao nosso destino, o que demorou uns bons 20 minutos a ouvir o álbum Sky Full Of Holes e a matar saudades, cantando todas as músicas sem nunca parar. Assim que o carro estacionou numa ruela eu fiquei a olhar em volta, enquanto Elliot colocava o telemóvel no bolso traseiro das skinny e saía do carro. Saí depois dele e agarrei o seu braço.

-Onde estão eles? - perguntei, tentando acompanhar o seu passo apressado.

-Eles estão no «Dead!» - ele agarrou na minha mão, puxando-me consigo até ás portas pretas do bar. Entramos e ambos, quase automaticamente, sorrimos, ao ver que nos encontrávamos de novo no tão conhecido por nós, «Dead!» .

Os clientes são, normalmente, adolescentes. As paredes são em tons de bordo, os candeeiros são poucos, há sempre uma música de fundo rock ou punk e todas as sextas à um concerto ao vivo com bandas de garagem que querem reconhecimento. Normalmente há muito barulho cá dentro, e por isso é que o bar se situa num lugar mais longe da civilização.

-Hayley. - Elliot abanou a sua mão à frente da minha cara, fazendo-me olha-lo sobressaltada. A verdade é que eu estava à imenso tempo a olhar para um rapaz sentado numa das mesas, com sofás (em vez de cadeiras) também bordos.

-Diz. - tentei agir normalmente, sorrindo-lhe.

-Estás a olhar para o Arthur desde que chegamos. - ele soou chateado, e eu murmurei um «desculpa» um pouco envergonhado.

Arthur tinha o seu cabelo despenteado e pintado de azul morto, uma das minhas cores preferidas. Ele desviou a atenção do seu telemóvel e pude ser que os seus olhos eram verdes. Ele olhou para mim e acenou. Ia retribuir, mas vi que o loiro atrás de mim fez-lo primeiro. Elliot aproximou-se do amigo e eu segui-o.

-Hayley. - apresentei-me, esticando a minha mão na sua direção.

-Arthur Davis. - o rapaz sorriu e apertou a minha mão. Eu e Elliot acabamos por nos sentar, e eu reparei que Arthur tinha trazido companhia, visto que em cima da mesa estavam duas cervejas vazias.

-O Lucas veio? - Elliot questionou, respondendo à minha questão mental.

-Sim. - Arthur finalmente largou o telemóvel, olhando para nós. - Ele foi à casa de banho, snifar. - ele falou num tom bastante à vontade, o que me fez rir ligeiramente, mas disfarcei ao olhar para o ecrã do meu telemóvel.

Um rapaz loiro saiu da casa de banho e dirigiu-se à nossa mesa. Ele estava com umas skinny jeans pretas e uma T-shirt da mesma cor, comprida. O seu cabelo estava arrumado numa poupa no cimo da cabeça, e tinha um piercing bastante atraente no seu lábio. Os seus olhos eram azuis claros, porém, notavam-se à distância. Ele sentou-se ao lado de Arthur, e Elliot deu-lhe um aperto de mão.

-Hayley, certo? - ele questionou, olhando-me com um pequeno sorriso. Assenti com a cabeça e estiquei o meu braço, dando-lhe também um aperto de mão. - Queres beber alguma coisa?

-Uma cerveja. - respondi, não lhe dando muita atenção, visto que Takumi, na mesa à frente, estava a fazer-me sinais para que eu fosse ter com ele à casa de banho. Olhei para Elliot, para ter a certeza de que ele ainda não o tinha visto, e depois levantei-me, dizendo que ia à casa de banho. Fiz sinal com a cabeça a Takumi, e ele levantou-se rapidamente, caminhando à minha frente.

-Entra aqui. - ele disse, apontando para as casas de banho masculinas. Não vi outra opção senão entrar, visto que ele estava com as mãos nos bolsos e uma expressão ameaçadora, e ele entrou a seguir a mim.

-O que queres, Takumi? - perguntei, ao cruzar os braços no peito, e ele encostou-se a uma parede, depois de confirmar que o sítio estava vazio.

-Eu não sabia que eras tu, ontem no carro! - ele retirou a sua mão esquerda do bolso, passando-a pelo cabelo.

-Eu também não sabia que eras tu, e preferia não ter descoberto. - rolei os olhos, e vi-o fazer o mesmo.

-Qual é a tua? Tudo o que aconteceu foi por tua causa.

-Ambos temos culpa, por isso está calado. - apontei-lhe o dedo, semi-cerrando os olhos.

-Não, eu não tenho culpa que o teu plano tenho corrido mal, Hayley.

Suspirei, fechando os olhos, e voltei a cruzar os braços.

-Não quero falar sobre isto, Takumi, por favor. - murmurei, e o moreno à minha frente assentiu.

-Desculpa, tens razão. - ele tentou aproximar-se mas limitei-me a abandonar a casa de banho sem lhe dirigir mais alguma palavra e sentei-me de novo ao lado de Elliot, onde já tinha uma cerveja aberta para mim.

Elliot e Arthur estavam a falar sobre a nova banda de garagem que iria atuar na sexta, e Lucas mexia no seu telemóvel. Senti-me deslocada, e dei dois goles na minha bebida.

Senti um olhar em cima de mim e olhei para Lucas, vendo-o a observar-me. Ele pousou lentamente o aparelho na mesa e mordeu o seu lábio inferior, e eu molhei os meus com a língua, não escondendo que achei os seus atos bastante atraentes.


Biografia:
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