Hoje a morte visitou a minha rua.
Atropelou uma jovem que mal sabia quem a esperava.
Mal sabia que esse é era o dia, não teve tempo de se despedir de nada.
Seus sonhos, seu amanhã nunca mais chegarão.
O que restou foi seu corpo lançado no asfalto.
Nunca estaremos preparados, num relance não voltamos a abrir os olhos.
No sopro de um segundo deparamos com o fim.
O que pensar? Seres insignificantes, de nada vale o nada se torna irrelevante, só partir.
A hora chegou, o seu passado tornou presente e futuro.
Desejo, emoções, magoa, esperanças fecharam as cortinas.
Será que deu tempo de protagonizar os seus dias mais bonitos?
O que pesa mais na bagagem? Conquistas com um belo sorrizo ou arrependimentos corroídos?
Que paz terá uma alma arrancada de forma tão dilacerante?
E eu aqui sofrendo com mesquinharias de detalhes. Como podemos ser tão pequenos que não enxergamos que a morte pode estar na esquina. E a vida pode nos ser tirada tão facilmente. ...
Jullyane
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