Nós vivemos para chegar em algum lugar, ainda que não queiramos. Durante os dias, meses e anos que compõem a nossa existência nós caminhamos em direção a algo ou a alguém sem nem perceber. Verdade é, que quem vislumbra e se dedica a conquistar os seus objetivos sai na frente. Quando se tem foco e responsabilidade a vitória é questão de tempo. Todavia, isso não quer dizer que há facilidade! Muito pelo contrário. Adquirir maturidade cedo demais ou mesmo antecipadamente, também tem seu lado negativo e, acredite, pode te deixar bastante triste. Você se frustra com o mundo, com o estilo de vida das pessoas, e, principalmente, com as pessoas. Quase ninguém te entende, e o “quase” aqui parceiro, é dito com bastante otimismo. Você ouve pessoas dizendo que você tem que se divertir, que você complica demais as coisas, que a vida é simples e que tudo passa muito rápido. Na primeira vez que você ouve você até se questiona, para o que está fazendo, reflete, até se convence por um momento que por estar sozinho nessa, talvez a razão esteja com os demais. Entretanto, ao analisar ao seu redor e observar a falência emocional das pessoas você vê que não é bem assim. Cada vez mais é possível constatar que a falta de percepção lógica das pessoas as leva para a vala. O capitalismo, o imediatismo, a busca em ser feliz a qualquer custo… existe sempre um fator preponderante e que contribui decisivamente para que o destino seja a infelicidade, ainda que se busque o seu antônimo. Raciocinar até aqui não foi fácil, mas também não quer dizer que identificado o problema, está tudo resolvido. Na prática, não é bem assim! Você tenta ser e fazer diferente dos demais e as coisas não fluem como você pensou. É como nadar contra a correnteza! Você se desilude com amizades, com o sexo oposto e consigo mesmo porque descobre que ser “certinho” não está na moda. É complicado. Você vai e vem, entra e sai e não decidi o que, nem como fazer. Ser igual não parece o melhor, mas ser diferente custa caro e isso o faz repensar. No fundo, você só quer ser feliz como todo ser humano. A diferença é que sua capacidade de enxergar as complexas relações existentes entre as pessoas presume-se mais aguçada e você passa a exigir mais de si mesmo e, consequentemente, do outro. Isso consiste em um grande problema. Ser bom em algo não te torna bom em tudo, e por mais que isso possa parecer óbvio e aceitável, tem gente que não aceita. O “ideal” é ser bonito, ser um ótimo profissional, de preferência amplamente reconhecido, com uma vultosa receita mensal, ter uma companheira linda ao seu lado, amorosa, carinhosa, fiel, leal, verdadeira, e, logicamente, educada. Erros dificilmente são admitidos. Se de fora para dentro então, piorou. Se você não consegue tolerar seus próprios erros, os medos que te impedem de progredir, menos ainda os dos outros. Você se cobra sem querer e cobra do outro como se o outro fosse você. É foda parceiro, porque o outro não é você!
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