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A evolução intelectual masculina de acordo com a música
Jerônimo da Silva da Cunha

Como tudo que há no universo, a música também evoluiu (no sentido figurado da palavra). E com essa evolução, os homens “tentaram” evoluir também na forma de conquistar as mulheres.
   La pra os anos 60, quando meu avô namorava minha avó sentados em um toco de umburana na porta da casa, sendo iluminados pelo popular candeeiro, ele cantava um sucesso de Nelson Gonçalves que era mais ou menos assim:
- Tu és divina e graciosa, estátua majestosa! Do amor por Deus esculturada.
   Dez anos mais tarde já na época dos Menudos, os jovens da época procuravam conquistar as meninas com um estilo meio estranho de se vestir, e acompanhado dessas vestimentas muito diferentes, vinha também um pedacinho da letra de uma música que serviu de inspiração para muitos filmes de Hollywood (por favor não acreditem):
- Não consigo me esquecer, Eu só penso em você
Desde a hora em que eu te conheci
Este amor é a coisa mais linda que eu já senti.
Adiantando mais um pouco a linha do tempo da evolução humana/musical, nos anos 80, quando apareceu um loiro feio nascido no Reino Unido, de nome Richard David Court, popularmente conhecido como Ritchie. E os rapazes da época tentavam conquistar o coração das donzelas cantando sempre aquele trecho de uma música que, não da pra entender o sentido... Era assim:
- Menina veneno o mundo é pequeno demais para nós dois!
Em toda cama que eu durmo;
Só dá você.
   Dando um passo um pouco maior pra evitar a fadiga, em 2003 brotava um monstrinho: Estourou o funk! Funk esse que começou lindo com Mc Marcinho cantando uma musica que contradizia o estilo (já que dizia ser funk): Rap do apaixonado. E a moçada da época já usando brincos nas orelhas e pintando os cabelos de loiro pra parecer Ximbinha da banda Calypso, cantava assim para as meninas:
- Amor, porque você me trata assim?
Apenas quero te fazer feliz
Você não dá mais bola para mim
Não vou conseguir mais viver sem ti.
   No ano seguinte, o monstrinho cresceu um pouco mais e a moçada já cantava algo mais chulo e de baixa qualidade vocal. Começavam as manifestações (nada) culturais dos funkeiros. O cara chegava na “mina” e chamava ela pra dançar, ela por ser educada cedia e ia para a pista dançar uma musica que era mais ou menos assim:
- Ah! Que isso? Elas estão descontroladas! Ela sobe, ela desce ela dá uma rodada!
A cultura musical e intelectual masculina foi fracassando cada dia mais, até chegar à famosa música que, até hoje me pergunto o que é aquilo. A música incentivava a fazer uma festa no apê, você poderia aparecer que ia rolar muito “Bundarêrê”. Agora eu te pergunto: O que é bundarêrê?
   Enfim, adiantando uns 5 a 6 anos e caminhando pelo fracasso masculino, chegamos ao ano de 2010, ano onde os rapazes eram facilmente confundidos com meninas pelas vestimentas e tamanhos (e cores) dos cabelos. Chegava às paradas a banda Restart. Tudo bem, resgatou um pouco o romantismo, porém, não a masculinidade nem a capacidade mental do homem!
   Pra não estender ainda mais, e envergonhar a raça masculina humana, finalizo falando da melhor das melhores: Assim você me mata! A música que não tinha nem pé nem cabeça e contava a historia de um rapaz que via uma garota e gesticulava coisas estranhas pra ela enquanto dizia:
- Nossa! Assim você me mata, ai se eu te pego!
Pois é senhores homens másculos e viris, vamos orar para que não continue essa porcaria de evolução, já que a muriçoca soca!

(Jera Marley 29/06/15)


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