Mal abro os olhos, foge o sonho à revelia,
derrama o sol seu luminoso suor;
conversam em mim tempestade e calmaria...
Mal acaba a noite, mal amanhece o dia,
o desejo de ir e ir a seguir me toma;
é o desejo da vida, em mim o sei de cor...
Das lições que o tempo espera
que aprendamos, ainda que dure eternidades,
tornar-me o domador de minha própria fera,
eis a primeira que me ensina, de verdade...
A última, viver a plenitude dos sentidos,
que da primeira tem a mesma cor,
fez-me sentir que tenho o maior amigo,
que não sei-lhe o nome, chamo-o de Amor...
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