É tão fácil falar,
diz a brisa à tempestade,
mas não posso me aventurar em desvarios,
sou assim como um pequeno frio
a arrepiar as pessoas,
sou só uma fatia de cebola,
me contento com uma ou duas lágrimas,
não me convém remover pedras e nem telhados,
aí sim eu cometeria o pecado
da luxúria,
seria injúria
querer ser quem não sou,
ser meu pai que se foi,
um tio ou então meu avô...
Dentro de casa escuto a brisa que passa,
levemente toca a antena de tv,
talvez para me acenar,
oi, estou passando,
passei só pra te ver...
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