Já levei tantas coisas tão a sério,
desde o porque a tartaruga é tão lenta
até o pequeno mistério
da luz no vaga-lume,
porque o homem chora sentido,
se é de fome ou de ciúme,
se o coração é de vidro,
tantas pequenas coisas que vivem ao léu,
até porque o céu
é tão cheio de estrelas
que parecem sardas desenhadas no papel...
(como é bom vê-las...)
Agora, de sério,
só o riso do rio que corre,
esse gesto do louva-deus,
tão nobre,
porque tanta gente se ajunta
quando alguém morre,
porque quando alguém sofre,
por amor,
ainda é feliz,
mesmo com a lágrima escorrendo pelo nariz...
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