Prólogo – Lobisomem - Richard
Minha visão estava parcialmente comprometida, eu podia ver o líquido incolor ser derramado na ferida aberta. A ardência era quase insuportável, era como se estivessem dilacerando a minha perna. A voz que soava em minha cabeça era conhecida e tranquilizadora, mais não atenuava a dor que eu estava sentindo naquele momento.
- Aguente firme! Por favor, aguente firme, não morra! – a voz implorava para mim.
E outra vez o líquido fora derramado em cima do ferimento, e outra vez meu grito rasgava o silêncio da minha alma. De repente, uma visão fez-se presente, materializou-se diante mim e a testemunha ocular do fato horripilante. Era grande como uma vaca e peludo como um urso – possivelmente mais forte do que um urso. Em seus olhos, as chamas oscilavam, mostravam-se ardentes, arrebatadoras e vitoriosas...
- Finalmente... – o monstro disse com a voz grossa de um animal selvagem.
- Finalmente o quê? – tentei dizer, mais o monstro já havia partido. Não estava mais ali no seu horripilante lugar para onde escoava o sangue... O meu sangue. As luzes se apagaram e meu corpo cedeu... Cedeu para a escuridão... Para o demônio que adormecia dentro de mim esperando a sua vez de despertar.
Meses antes
ABERTA A TEMPORADA DE CAÇA.
A enorme placa de madeira colocada as arredores da floresta inexplorada anunciava aos caçadores de plantão, que a temporada de caça estava aberta. Meu corpo tremeu e o que repousava dentro de mim, acordou. Como a placa mesmo disse:
A temporada de caça esta aberta...
Quem tem medo de Lobisomens mas ama uma história de amor, não percam o romance ''A Dama e o Lobisomem'' Sim, os opostos se atraem e ás vezes a cura é a doença.
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