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Clandestinos - Sabores
Wellington Almeida

Clandestina: Rose Lunes
Idade: 24 anos




– Sabores.


Ainda sentada na mesa do escritório que eu trabalhava Andrew me ligou. Iriamos fazer três anos de namoro exatamente neste dia. De manhã quando acordamos ele disse:

– Prepara-se, esse dia será inesquecível.

Por mais que seu hálito estivesse com um cheiro questionável eu o beijei com paixão. Eu tinha certeza que o amava. Ele tinha sido meu primeiro. Tinha tirado minha virgindade.

Arrumei-me para o trabalho, estava um dia
ensolarado, eu tinha certeza que esse dia seria inesquecível mesmo.

Saí com meu carro e deixei Andrew dormindo, pois ele trabalhava só depois das oito.

Ainda no carro pensei várias formas de satisfazê-lo na cama. Coisas que não fazíamos frequentemente como sexo oral. Ou até mesmo sexo anal. Por ele eu estava disposta a tentar, a ver o seu rosto se contorcer da mesma maneira como da vez que fiz oral nele.

Andrew atendeu ao telefone rapidamente:

– Amor, eu não consigo entrar em acordo com a gravata, e pra piorar estou atrasado! – Andrew era péssimo em tentar ser mais dinâmico. Eu conseguia vê-lo perfeitamente tentando inutilmente arrumar a gravata que escolhera por última hora.

Sorri igual a uma idiota pensando na situação.

– Eu acho que você e a gravata não podem existir juntas no mesmo planeta – Gargalhei animadamente – Use aquela gravata pronta, amor. É só colocar e ajustá-la. Acha que consegue?

– Rá Rá! – Ele disse, então gargalhamos juntos.

– Até anoite, amor. Hoje comprei camisinha de sabor – Andrew realmente sabia animar uma noite de amor – camisinhas de sabor – eu tinha uma de melancia em casa que nunca usara.

Antes de ir direto para meu apartamento passei na padaria e comprei um bolo e uma velinha do número 3.

Antes de entrar no elevador o gentil e tarado porteiro do meu prédio me ajudou segurando minha bolsa para eu poder entrar com cuidado com o bolo. Meu porteiro sempre olha para minha bunda quando passo, na verdade gosto disso. Pssiuu! Não que eu seja tarada igual a ele, mas é que é bom sentir-se desejada por alguém que não tenha motivos emocionais para mentir para você á respeito do seu corpo. Meu andar era o décimo segundo. Eu e Drew tínhamos uma chave cada um.

Com a bolsa balançando de um lado para o outro consegui passar a chave na porta. Mas ela estava aberta. Que sorte! Pensei comigo mesma.

As luzes estavam desligadas. O ar condicionado estava ligado na temperatura que Andrew gostava que ele ficasse. Mas, gemidos vinham do quarto.
Pensei imediatamente o que Andrew estava fazendo. Certamente se masturbando com um pornô britânico ligado no volume que alguém pudesse
ouvi-lo e ignora-lo.

Mas não era um pornô que Andrew via.

Eu vi a cena:

a)Meu marido transando com outra mulher e olhando para mim dizendo: ‘’ Não é nada do que você esta pensando. ’’

b)Amor, eu estou transando com sua melhor amiga, ok?

c) Rose (este é meu nome) eu estou transando com sua melhor amiga, ok? Quer saber, foi ótimo você ter descoberto, eu esta pensando qual seria o melhor modo de contar que estou apaixonado por sua melhor amiga Kelly.

d Todas as alternativas anteriores.

RESPOSTA: D

Ah, claro. Pense em uma maneira de contar que você está transando com seu melhor amigo há um tempo e estoure esta bomba exatamente quando você estiver transando com seu melhor amigo. Não pense que seu namorado vai se importar, ah não, ele não se importa. Até porque ele não tem sentimentos. Ele é feito de pedra! E os três anos de namoro viraram três dias? Três minutos? Eu acho que evaporaram assim que eu passei pela porta.

Eu sabia onde encontrar uma arma. Melhor, eu sabia usar uma arma. Vasculhei meu cérebro a fim de encontrar o esconderijo da arma, no entanto, eu estava muito nervosa para tentar encontrar alguma coisa que fizesse algum sentido.

– Você poderia ter terminado comigo seu cafajeste! – eu disse louca de raiva. – Você quer me avisar que está apaixonado pela minha melhor amiga, ok, mas precisava comer ela para isso!

De relance vi duas coisas: primeiro, meu cérebro lembrou onde estava a arma. E segundo: vi minha aliança que estava na minha mão direita. Duas coisas opostas; amor e morte.

Certa vez eu e Andrew transamos vestidos eu de ladra e ele de policial. Foi muito excitante, a arma estava descarregada, porém a centímetros de sua cabeça. Juro que tentei expulsar de mim a ideia que me veio á cabeça. Na verdade eu tentei expulsar a cena que me veio á cabeça. Imaginei Andrew com os miolos estourados para fora da cabeça. Aquela arma poderia fazer um ótimo trabalho. Melhor, ela faria. E agora.

A arma estava na minha bolsa, Andrew pediu que eu a carregasse comigo sempre porque tinha medo que eu fosse assaltada. É difícil dizer, mas o feitiço virou contra o feiticeiro.
Peguei a arma e apontei diretamente para a cabeça de Andrew.

– Pare de brincadeiras, Rose! Isso machuca. Lembre-se disso. – Andrew estava ainda nu, apesar de ser um cafajeste, Andrew era bom de cama. Ele sabia satisfazer uma mulher exatamente no ponto onde elas quisessem ser satisfeitas.

Dei um passo para frente, e disse:

– Amarre-o agora Kelly! – Kelly assustou-se quando eu mencionei seu nome, ela era uma covarde. Sempre era eu que matava as baratas, os ratos e expulsava os sapos e agora é ela que transa com meu namorado fodão.

– Mas... eu... Rose... – ela se esbaralhava com as palavras, morta de medo.

Não deixava de apontar a arma para os dois, adoro a adrenalina que isso me causa.

– Eu disse para você amarrar ele, sua burra! Quer que eu estoure seus miolos que mal ajudam você a raciocinar? – Realmente eu tinha medo de mim mesma quanto a boas vinganças. Na verdade sempre achei que esposas tramam armadilhas vingativas para poder sair de cabeças erguidas de relações que acabaram por conta de traições, e a minha não seria diferente.

Kelly levantou e caminhou lentamente até a minha cômoda na qual eu guardava minhas algemas que compre outrora para brincar com Andrew. Ela pegou as prateadas. Pedi que ela amarrasse Andrew na cama.

– Agora quero que você saia e se tranque no banheiro. Não quero ouvir nem um pedido de socorro, fique tranquila não vou te matar. Vou fazer melhor do que isso. Espere e confie. – Homens, nunca traiam suas mulheres, elas são mentes incríveis, prontas para armar um assassinato de primeira.


Ouvi quando a porta bateu levemente. Agora era eu e Andrew.

Guardei a arma novamente na bolsa.

– O que você vai fazer? – Perguntou Andrew.

Comecei a tirar minhas roupas. Primeiro a parte de cima do tronco depois meus sapatos, minha saia que atravessava o joelho e por último minha calcinha.

– Você quer transar comigo? É isso? – Perguntou Andrew animando-se novamente.

Um dos pontos positivos de Andrew é que mesmo me traindo e suponho que ele já faça isso tem um bom tempo, ele nunca deixa algum fio solto, alguma peça do quebra-cabeça fora do seu lugar. Sempre existem pistas, mas ele as ocultava com um psicopata eficaz. Eu poderia deixa-lo ter duas mulheres, o amor e sexo seriam entregues na mesma medida, sim, mais sexo do que amor, no entanto ele sabia como dosar os dois.

– É Isso. Quero provar você uma última vez. Tenho boas ideias. Espere aí vou buscar a surpresa que pensei para essa noite

Comprei três potes de sorvetes. Um de cereja, outro de chocolate e outro de framboesa.
Fui á cozinha e peguei os três potes, uma taça e uma colher. Quando cheguei ao quarto depositei a taça na mesinha que ficava colada á parede e com a colher coloquei os três sabores misturados no copo. Cereja, chocolate e framboesa.
Peguei a colher e coloquei um pouco na minha boca, foi o suficiente para dar espaço para outra coisa.

Com as pernas bem apertas e os braços juntos cada qual amarrado com uma algema fui dando selinhos do pé até chegar ao pênis.
Andrew tinha olhos azuis, e eles queimavam de tesão. O sorvete estava deixando minha boca dormente o que significava que estava no ponto para fazer sexo oral com sorvete.

Engoli tudo o pênis de Andrew e voltei a me concentrar na extremidade do pênis. Ouvi Andrew gemendo quando o sorvete se contrastou com a pele quente e macia da cabeça do seu pênis nos movimentos de ida e volta. Contrações espalhavam-se por suas pernas.

– Não pare de fazer isso, engole tudo de uma vez e depois chupe a cabeça dele... – Andrew se contorcia de tesão.

Deixei o sorvete para depois e montei em cima dele. Peguei seu pênis que estava gelado por conta do sorvete e enfiei de uma só vez na minha vagina. Gemi quando o senti dentro de mim. Andrew queria se libertar para poder tocar-me mais ele estava com as algemas. Estocadas rápidas e consecutivas deixaram-me absorta completamente de tudo.

Quando gozamos, Andrew demorou um pouco para parar de gemer, mas no fim parou e ficou resfolegando.

Logo depois da nossa foda, preparei duas bebidas. Uma com um sonífero e outra normal. Obriguei Andrew beber a que estava com o sonífero e depois o desamarrei.

Ainda no banheiro, Kelly estava embolada como se fosse um tatu se protegendo das ameaças exteriores. Ordenei que saísse do banheiro e fosse deitar-se ao lado de Andrew. Dei a mesma bebida para ela. Minutos depois os dois estavam nus e derrubados pelo sonífero.

Eu sempre carregava uma câmera por onde quer eu andasse e agora essa mesma câmera me serviu para a minha cartada final. Tirei ótimas fotos e as postei na internet. Uma cópia eu mandei para o marido de Kelly e a outra para os pais de Andrew que não aceitavam qualquer coisa que fosse pecado.

Qual foi minha atitude ao saber que estava vingada:

a) Na minha rede social alterei meu status para Solteira.

b) Soube que Andrew se arrependeu de ter me traído e disse''bem feito''.

c) Dei pra outro cara.

RESPOSTA C.


Biografia:
Meu nome é Wellington Almeida,nasci no estado de são paulo, mais fui criado no interior do Paraná. Onde com muito orgulho surge deliciosas histórias para entreter-me e me fazer flutuar nas maravilhosas facetas da escrita.
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