De repente, estamos sós. Olhamos para todos os lados e não vemos ninguém. A nossa única companhia são nossos pensamentos.
Começamos a meditar e rever todos os nossos passos que nos levaram a esse momento. Quantas alegrias e demasiadas tristezas recordamos.
Que vontade de tomar um rumo diferente em algum ponto de nossa jornada. Talvez com essa pequena mudança de rumo, o quanto poderíamos ter mudado nossas vidas ?
Nesse momento, nos lembramos do último abraço recebido. Como foi bom e inesquecível.
O encontro, o olhar, a aproximação, o contato.
Um sorriso no rosto de ambos demonstram o afeto entre as partes.
Diminuímos mais ainda a distância até que com um toque entre as mãos nos envolvemos em um abraço.
Nesse momento, nossos braços são imensos, capazes de dar a volta completa no corpo alheio.
A mão direita a altura do ombro, aperta-nos nesse abraço envolvente. A mão esquerda na altura da cintura, aconchega a parte inferior de nossos corpos.
Sentimos o calor um do outro e sonhamos que esse momento não terminará. A respiração está balanceada, pois encontramos o nosso porto seguro. Nada mais existe para nenhum dos dois.
Um momento para ser sentido por todos os sentidos e memorizado para toda vida.
Que desejo louco de reencontrar aquele abraço e perder alguns minutos de minha vida no seu carinho e afeto.
Desperto-me desse transe e percebo novamente a solidão desse momento. Algo está diferente agora. A lembrança do último abraço me põe um sorriso no rosto e cria fôlego para continuar vivendo.
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