Bárbara teve de suportar os olhares fuzilantes e a total greve de silêncio de Lúcia durante uma semana. Por mais que ela soubesse que não fez nada de errado, ainda assim, Bárbara se sentia culpada por algo que ela nem mesmo causou.
Depois de um árduo trabalho tentando aceitar tal fato para que doesse menos, em uma terça-feira, enquanto descia a rua para chegar ao colégio, Bárbara foi surpreendida ao ser suspensa por duas pessoas, que vendaram seus olhos e a colocaram em um carro. Completamente amedrontada, sua voz nem mesmo saía, por mais que ela abrisse a boca para tentar gritar. Seu coração batia tão forte, que até mesmo a machucava. Sua venda estava bastante molhada, porque seu choro impregnava naquele pano, já que não conseguia escorrer, pois alguma pessoa segurava a venda com força na cabeça de Bárbara.
— Vai! Vai! Vai! - disse o rapaz que segurava com força a venda de Bárbara.
Ouvir aquela voz foi o suficiente para que Bárbara desmaiasse. Ela sabia que Alexandre era perigoso, mas não a esse ponto.
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