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Aprender com fracassos
Karin Elizabeth Rees de Azevedo

Resumo:
O texto aborda a capacidade que temos de verificar as açoes que executamos em nosso dia a dia para reformular nossa vida, estratégias e, assim, crescer e aprender, tendo certeza de que se falhou ao tentar, mas que se tentou em vez de simplesmente não ter feito nada.

Nada é tão frustrante quanto falhar em alguma ação ou quando se esperava “algo” e isso não ocorreu. Por outro lado, nada melhor para crescer e aprender do que ter a certeza de que se falhou ao tentar, mas que se tentou em vez de simplesmente não ter feito nada.
O fracasso tem sido ao longo dos séculos um dos melhores professores para cientistas e grandes descobridores. Em quase boa parte das descobertas da humanidade se encontra uma história de fracasso também. No entanto, os professores mesmo sabendo dessas histórias não se permitem fracassar ou, na grande maioria das vezes, não se permitem dar o direito de fracassar ou errar ao agir.
A sociedade espera que o profissional da educação, como também acontece com o da saúde, seja profissional perfeito. A diferença que se tem com o profissional da saúde é que este antes de ir para o campo de trabalho é preparado para solicitar e analisar exames e mais exames e ter a certeza do que fará ao seu paciente, enquanto que o profissional da educação, embora passe pelo estágio na universidade, não tem como solicitar um exame prévio para saber qual a melhor forma de agir ou qual a reação frente à determinada atitude tomada tal como se pode saber de um remédio aplicado.
A diferença que expomos acima não eleva ou diminui qualquer profissional, apenas ressalta que devemos estar abertos a aprender com nossas falhas, pois “sucesso” não virá pelo simples fato de se evitar o fracasso, bem pelo contrário: o sucesso, na maioria das vezes, é alcançado quando já se falhou algumas vezes na vida. A diferença está em saber aprender com essas falhas.
Normalmente, o profissional da educação não quer aceitar o fracasso e repensar sobre esse, embora ensine o seu aluno a rever conceitos e apresente estratégias diferenciadas para alcançar determinados objetivos com seus alunos. Porém, quando se trata dele próprio é mais duro no julgamento e na cobrança feita, levando em boa parte das vezes a uma sensação de impotência, que se não é tratada torna o professor “amargo” e “triste” com o que faz.
Devemos ter claro que justo nessa “hora da impotência” estamos aprendendo que para se encontrar uma estratégia adequada a uma finalidade, muitas vezes temos de aplicar várias outras que não tiveram o resultado esperado. Como seres humanos precisamos também entender que uma atitude pode ser certa ou adequada para com um aluno e pode não ser certa ou adequada para com outro, pois cada pessoa reage de diferente forma.
Dessa forma, a única opção que temos é a de “aprender” a cada dia com o que não teve resultado adequado ou falhou e também “aprender” com o que tem alcançado o objetivo proposto.

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