Ensinar em uma acepção geral pode ser algo entendido como a “arte de transmitir conhecimentos”, no entanto, a sociedade hodierna tem claramente a visão de que para que se aprenda algo é necessário o domínio de certos elementos e, em especial, a comunicação ou tecnologia envolvida no processo, já que vivemos em um mundo de constantes mudanças e o jovem de hoje tem uma percepção muito mais apurada desses processos do que muitas vezes seus “professores” ou instrutores assim diríamos.
A tecnologia é dinâmica e exige um conhecimento dinâmico, portanto, o ensinar necessita ser também algo dinâmico, aspecto que nem sempre tem se conseguido ter no dia a dia das escolas, local em que se privilegia o ensinar em nossa sociedade.
Nesse sentido, o processo de ensinar passa por reformulações, muitas já realizadas e aplicadas, no entanto, não podemos dizer ainda se essa nova tecnologia é melhor do que os antigos processos usados ou mais eficiente, já que não é a tecnologia que fará diferença na aquisição de certo conhecimento e isso dizemos porque não é o computador, televisão ou mesmo recursos áudios-visuais que aprendem ou ensinam, mas as pessoas envolvidas que transmitem ou recebem informações e adquirem conhecimentos.
Partindo dessa perspectiva, mesmo com toda tecnologia do mundo não há como retirar o papel da pessoa que tem o conhecimento para transmitir e nem o da pessoa que o quer adquirir, assim, “professor e aluno” estarão sempre um diante do outro, mesmo que sejam intermediados por algum aspecto tecnológico. É claro que entre eles há aspectos a serem considerados, pois o professor precisa conhecer o que vai ensinar e o aluno precisa estar disposto a aprender. Temos, dessa forma, um diante do outro, o professor e seus conhecimentos, o aluno com sua condição ou posição de atenção despertada e o meio de comunicação entre eles, pois a linguagem usada no ensino deve ser comum ao professor e ao aluno.
Nessa situação, o conhecimento ou lição a ser ensinado ao aluno ou aprendiz necessita estar vinculado a alguma verdade já conhecida. Esse processo não é tão simples nem tão óbvio, mas é verdade que é tão exato como os aspectos precedentes, embora o seu raio de ação seja mais largo e suas relações talvez mesmo mais importantes, uma vez que o processo de ensinar é estimular e dirigir as atividades do aluno, e, se possível, nada lhe dizer do que ele possa aprender por si. O professor é um guia simpatizante, cujo conhecimento dos assuntos a serem estudados o habilita apropriadamente a dirigir os esforços do aluno e a livrá-lo de gastar tempo, energias e dificuldades desnecessárias. O processo de ensino abrange os meios pelos quais as atividades independentes devem ser respeitadas, já o processo da aprendizagem determina a maneira pela qual tais atividades serão empregadas, nesse sentido o aluno deve ter em mente a verdade a ser aprendida e a absorver adequadamente.
Tudo isso que expusemos nada mais é do que a operação dos grandes processos naturais da mente e da verdade efetuando e governando esse processo complexo pelo qual a inteligência humana toma posse do conhecimento ou saber. O estudo desses aspectos por si só não podem fazer de cada leitor um professor perfeito, mas uma vez bem obedecidos no seu emprego produzirão seus efeitos com aquela mesma certeza com que as leis da vida produzem o crescimento do corpo.
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