Encontro-me imersa em meu sono profundo
Do meu pesadelo amargo e fecundo
Que me persegue, invade o meu íntimo
E me violenta com seus animalescos instintos.
Eu quero fugir, mas eu fico presa nesse imenso labirinto
Sempre voltando ao ponto de inércia desse emaranhado caminho
Como cheguei aqui, aonde estou, para onde irei?
Afinal, alguém para me socorrer desse invólucro e sepulcro desatino?
O medo mergulha sobre minha alma (será que ainda tenho alma?)
Que caminha paralelamente com o meu fado
Corroendo todos os desejos sagrados
Por favor, alguém para me socorrer desse mero devaneio inacabável?
Eu vejo o fim desse pesadelo se aproximar
Eu observo o horizonte do sol raiar
Sinto-me envolvida pelos braços de Amon Rah
Com seus calorosos abraços a me acalentar.
Não! Não pode ser!
Não é aquele ser que se parecia ser
Tudo não se passou de uma ímpeta miragem
Desse deserto infernal que me invade
Eu imploro, alguém para me socorrer desse inglorioso e impiedoso destino?
Não! Estou condenada a viver no martírio desse labirinto abisso.
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