Na quietude solitária da noite,
A mágoa perene surge.
Na desesperança do perdoar
Num adeus definitivo,
A vontade de voltar.
O pensamento vai ligeiro
Buscar o instante da paz
E mensurar toda a perda,
De uma dor sem lenitivo.
No céu, um raio coriscando,
Desce num clarão intenso.
E num colossal escarcéu
Atinge o prado imenso
No momento do adeus.
A natureza em pranto
Rega as rosas do jardim,
Testemunhas mudas
Do infausto acontecer.
E o lindo sonho de outrora,
Agora pesadelo, desaparece.
No brutal momento de então,
Um cruel desespero cresce.
Não há mais esperança;
Apenas . . . Saudade!
|