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À mestra, com carinho
A. Zarfeg

Resumo:
Homenagem à mestra e amiga Enelita de Sousa Freitas, que, nesta terça-feira (17 de junho de 2014), está completando mais um ano de vida. Parabéns!

Nesta época, quando as luzes de Natal incendeiam a noite e piscam incandescentes para nós;

Quando os sons, risos, vozes e ritmos se misturam nas praças, becos e ninhos;

Quando a realidade abre uma brecha para a magia, o sonho e a realização, posto que provisórios;

Quando os otimistas exercitam a esperança na vida, na morte e na pós-morte, sobretudo naquela;

Quando passado e história não passam de jogos de memorização; contar mentiras (“tell tales”, diz a canção) descontrai; e virar gente grande significa tocar as estrelas;

Quando, enfim... Eu aprendi a lição de que fantasia e imaginação, em tese, se equivalem. Isso tem confundido até os precavidos!

Mesmo nos momentos mais sérios ou solenes, eu não consigo deixar de ser literário ou filosófico. Ou pretensioso. Devo isso também a você?

Eu, a duras penas, aprendi o sentido de bem-estar e estar bem, de capturar certo e duvidoso, de ritmar fraco e fracassado, de invadir os livros sem levantar suspeita ou poeira!

Eu, tão pequeno, diante de tantas lições. Daí o risco de saltar do singular pro plural... Que vale o poema, cheio de si, ante o pôr do sol? Que vale a palavra, embora mágica, perante o caminhão de chineses?

Lições mais lições. Que pode o carinho, mestra, diante da fome do agora? Que pode o espírito, Enelita de Sousa Freitas, em face do automóvel? Que pode, com todo respeito, o discípulo perante a mestra?

Neste momento, quando a melhor política, em vez do contra-ataque, é a rendição presumida; quando as melhores lições se sucumbem à autoajuda; quando oposição e situação dão as mãos no escurinho das assembleias!

Nesta hora, com certeza, à mestra com uns versinhos (o carinho segue nas entrelinhas): “Letras, números e pontos de intersecção / Canecas transbordando sede de aprender / A hora do recreio torna-se pura diversão / Com lápis de cor dá-se um jeito no futuro / Na escolinha do prazer (saber? poder?) / O amor jamais fica em cima do muro”.

[Extraído do livro “Crônicas teixeirenses”, 2011]


Biografia:
Poeta, jornalista y otras cositas más.
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