Gostaria de ser
essa mulher de agora,
mulher de hoje,
com um espírito
só de idas,
sem nunca ter voltas.
Que tivesse
o cheiro do eucalipto,
a voz e o gosto do mel.
Forte e honrada.
Gostaria de ser essa mulher
de fugaz beleza
mas com o desconhecido
e o imponderável
nas mãos.
Que tivesse no coração
a imagem do céu
e o fermento da terra,
para fazer do pó,
o pão para saciar
a minha, a nossa fome.
Gostaria de ser essa mulher,
misturada à natureza viva,
que pudesse fazer do sol
uma fênix apaixonada
por amar e viver...
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