Do silêncio, fez-se a madrugada
Do medo, fez-se o abismo caótico
Da lama, fez-se o barro imundo
Da poesia rasa, fez-se o amor profundo
Da lógica, fez-se a matemática
Da evidência, fez-se o fato
Do fato, fez-se o absurdo
Do absurdo, fez-se o riso
Do riso, fez-se o pranto
Do pranto, não se fez nada.
Biografia: Sou jornalista formado, carioca do subúrbio, sempre gostei de escrever.