Sempre fui persistente e jamais deixei-me falecer em meio às lutas, mesmo quando não lutava por mim.
Até que a guerra não era mais pelo pão, pela sobriedade, mas por um lugar ao sol.
Batalha homérica. Terrível! Ardida de morrer.
O espírito imbatível desmoronou igual gelatina numa colher de mãos trêmulas.
Era eu. Nunca vi coisa igual.
Agora olhando para trás nem eu mesma sei o que aconteceu.
Onde foi parar aquela mulher guerreira, forte e cheia de esperança?
Tinha chegado a conclusão de que o soldado perdeu a batalha e retornava igual farrapo para casa.
Vida cruel.
E o sol, cruzando o céu, sempre com a mesma luz, o mesmo calor, indiferente aos destroços que naquele tempo eram meu corpo, cansado de guerrear.
E o tempo passou. Já se passaram mais de cinquenta anos.
Envelheci.
Mas com a idade vem a maturidade, embora ainda a desejar.
E um belo dia o sol brilhou em meu quintal outra vez. E a noite se fez dia de alegria e de festa.
Se conquistei ou não meu lugar ao sol,só o sol poderia falar, mas, que ele vem todo dia no meu quintal trazer-me sua luz e seu calor, ah, isso vem...
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