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JOINVILLE E A CEGUEIRA DOS GOVERNANTES
DIRCEU DETROZ

É um grande erro tratar as imagens de bestialidade que aconteceram em Joinville no último domingo, como um fato isolado. Ou coisas que só acontecem no futebol.

A questão da violência no Brasil está muito além de duas gangues vestidas de torcidas organizadas tentando se matar nas arquibancadas. Como foi o placar final do jogo, estamos perdendo para a violência. De goleada. E infelizmente, ficando sem chances de virar o resultado.

Diante de fotos e vídeos que rodaram o mundo em poucos segundos, fica a falsa impressão que a violência brasileira está nos estádios de futebol. Nessa semana, a mídia condenou os acontecimentos. Alguns apresentadores, que mereciam uma estátua de hipócritas, fizeram o mesmo. Parece que o Brasil é apenas Copa do Mundo.

Quando a selvageria parou o jogo, quem estava vendo no SPORTV, percebeu certa relutância do canal em mostrar as imagens. De início parecia ser uma coisa proibida. Depois não teve jeito. Sempre que isso acontece, eu me lembro do episódio “Globo x Diretas já”.

Como cidadão, não estou nem aí com bandidos se matando em estádios de futebol. A minha preocupação é com a violência silenciosa, que vem tomando conta do país inteiro. Essa que nossos governantes tratam de sensacionalistas. Quem prestou atenção no turista canadense morto numa tentativa de assalto? Outra estatística!

O que vai acontecer com o torcedor que foi assistir a um jogo de futebol, levando uma barra de ferro com pregos? Se chegar a ser preso, algum juiz manda soltar meia hora depois. E não será surpresa nenhuma, se os veículos de comunicação que exibiram a sua cara em close sejam processados.

Nosso Código Penal sofre da “síndrome da ditadura”. De repente, é proibido punir. Os direitos humanos estão mais preocupados com as privadas das cadeias do que com as famílias das vítimas. Enquanto na Costa do Sauípe, a noiva chega sempre atrasada, no Brasil real a noiva é assassinada antes de chegar.

O que acontece nos estádios de futebol é um reflexo do país como um todo. Falta coragem na aplicação de penas exemplares. Parece uma profanação. E nem sempre penas exemplares estão nas cadeias.

No caso do “cidadão da barra de ferro”, que tal judicialmente transferir todo mês 50% do seu salário para a conta do hospital que atendeu a vítima. Até que todas as despesas sejam cobertas. Esse custo não pode ser da sociedade. Mexer com o bolso doí mais do que passar seis meses na cadeia, sem fazer nada e pensando bobagens. Para os direitos humanos, fiquei parecendo um monstro. Daqueles bem malvados.


Biografia:
Sou catarinense, natural da cidade de Rio Negrinho. Minhas colunas são publicadas as sextas-feiras, no Jornal do Povo. Uma atividade sem remuneração.Meus poemas eu publico em alguns sites. Meu e-mail para contato é: dirzz@uol.com.br.
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