No planeta Terra nós os humanos estamos cercados por mistérios. Às vezes, chega a notícia. Um deles foi desvendado. Outros tantos continuam na fila. Há séculos dois deles chamam a atenção da ciência. São realmente mistérios fascinantes. Estamos inseridos nos dois. Um é a imensidão do Universo. O nosso cérebro é o outro.
É consenso que a ciência entende muito mais do Universo que do nosso cérebro. Com ele, alguns gênios foram capazes de criar equações que regem os mistérios de uma noite estrelada. Ainda não se conhece nenhuma equação que possa desvendar como esses gênios chegaram lá.
Claro que o nosso cérebro não é um completo desconhecido. O cérebro faz parte do sistema nervoso. Este sistema é estudado pela neurociência que tem dado passos gigantescos. Fascinante também, o livro “O Futuro da Mente” escrito por Michio Kaku, mostra os avanços da neurociência para desvendar os mistérios do que carregamos na cabeça e pesa em média 1.450 gramas. Essas poucas gramas comparam-se ao Universo.
Num estudo de 2019, o neurocientista Henry Markram disse sobre o universo multidimensional do cérebro: “Encontramos um mundo que nunca tínhamos imaginado. Há dezenas de milhões desses objetos, mesmo em uma pequena parte do cérebro, até sete dimensões. Em algumas redes encontramos estruturas com onze dimensões”.
Nesta altura a pergunta talvez seja: E onde entram os cabeças-duras? A explicação para ser um cabeça-dura pode estar no cérebro. A manchete de uma reportagem da revista Veja diz: “Estudo inédito explica porque o cabeça-dura não muda de opinião”.
Publicado na revista “Nature”, o estudo mostra os processos neurais que dificultam a mudança de opinião depois que uma ideia se solidifica no cérebro. Um cabeça-dura jamais admitirá estar errado, mesmo que todas as evidências apontem que ele está.
A reportagem traz como exemplo a rivalidade entre Bill Gates da Microsoft e Steve Jobs da Apple. Os dois influenciaram milhões de pessoas. Mesmo que um criasse algo genial. para os seguidores do outro aquilo jamais prestaria.
Eu deixaria Gates e Jobs de lado. Daria como exemplo a rivalidade política ideológica criada no Brasil nos últimos anos. Para os de direita, tudo o que nasceu na esquerda é ruim. Para os de esquerda, tudo o que a direita faz é igualmente ruim.
Discordo no caso da escritora J. R. Rowling. Continuar tentando após o não de doze editoras, não é ser cabeça-dura ou teimosa. Isso se chama perseverança. Até para os cabeças-duras há exceções. Está em outra reportagem. A polonesa Wislawa Szymborska trocou o papel de poeta oficial do comunismo dos ditadores pelo o de porta voz da opressão. Percebeu que seu cérebro lhe enganava. Pena ser a exceção e não a regra.
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