Somos um amontoado de dúvidas, conflitos internos, esperança e desespero. Somente em Deus encontramos a resposta de nossas perguntas e a esperança de viver...
Chegou a hora afinal.
Quem sabe hoje o sono vem
e me leva de mansinho para
um lugar de calmaria e de paz?
Meu espírito, meu interior
está silencioso também.
Nada parece querer sair dali.
Fico vagando lentamente
entre um pensamento e outro.
Quantas vezes já me perdi
por estas trilhas quilométricas da vida?
Quantas vezes perdi o rumo e o prumo?
Nunca imaginei que eu, alma tão centrada,
fosse virar um redemoinho de emoções,
pensamentos, angústias e vontades
que me consumiriam como fogo
ardido e interminável.
Ah, se eu soubesse o que a vida me reservaria
quando já ia quase virando o cabo da boa esperança.
Ah, se eu soubesse onde me levariam
essas estradas de tijolos dourados.
Quem sabe não andaria por elas.
Ou teria vindo mais cedo.
Como vou saber?
Parece que tem um segundo em nossa vida
em que o tempo pára e temos de decidir
se entramos por ele ou não.
E ali, naquele segundo, naquele minuto,
tudo pode se decidir.
Seria o segundo da vida?
Se fica morre, se vai morre também.
Mas se fica vive, e se for vive também.
Como entender isso?
Como entender se eu já não entendo
nem a mim mesma?
E meu outro eu que mora dentro de mim?
Por que parte de mim hoje caminha?
O que faz neste imensidão de tempo e espaço,
nesta imensidão de palavras e versos
soltos dentro de mim?
Neste tempo do tempo,
vivo e morro de esperas.
Agora espero que o sono
me tome em seus braços repousantes
e acolhedores e me carregue prá cama
como boa menina para
na noite cálida de sonhos, repousar.
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