No seio
Da terra escura,
Rasgada
À golpes de espada,
Cortada
Até verter sangue,
Plantei
Uma nova estrada.
E vi o
Sangue da terra,
Misturado
Ao sangue meu,
Parecia-me
Abrir feridas,
Para guardar
Minha alma no breu.
Aberto o sulco
Na terra,
Manchadas minhas mãos,
Doídas,
Por tão
Precioso trabalho,
Plantar
A semente da vida!
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