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Das formas de se curar uma ressaca
Vivian Loreti Gonçalves

Só de ouvir o nome, alguns quadros de lembranças florescem diante dos olhos de alguns de nós. Olhos de quem já pediu ao garçom a décima segunda saideira da noite e celebrou um pouco demais as delícias de um final de semana. Aqueles que alguma vez já ultrapassaram os limites das comemorações sabem bem do que eu estou falando.
    Algumas horas depois de um bom porre - ou, geralmente, na manhã seguinte - ela está lá, rodando a sua cama pra lhe dar bom dia. E, como num truque de mágica, a sua cabeça dói, a boca secou e o enjoo resolveu entrar na brincadeira. Tudo isso porque o que acontece é um tipo de intoxicação: o organismo respondendo à sua agressão alcoólica. E depois de um mal-estar generalizado, vem as promessas de nunca mais. Que duram até o próximo final de semana, quando, novinhos em folha, damos as boas vindas à boemia.
    Mais cruel que o mal-estar da ressaca alcoólica é a dor psicológica de uma ressaca moral. Reconhecida por um breve arrependimento de algo que foi dito ou feito durante um período entorpecido por coisas que variam do álcool a pés na bunda, esta não é causada pelo teor alcoólico recém-pulsante em nosso organismo, mas por uma voz envergonhada que se chama consciência.
    Porém, não se engane: algumas pessoas em excesso causam o mesmo estrago de uma noite de bebedeira! Fofoqueiras, pessimistas, sem conteúdo e as falsas sinceras: evite-as, sob sérios riscos de mal-estar físico e (muita) dor psicológica.
    A cura é simples: dois litros d'água, alimentos leves e cama, pra quem foi além da saideira. Pra quem extrapolou nas fanfarrices da vida de solteiro, nas mensagens pro ex ou nas verdades guardadas, não se sinta mal: todo mundo uma hora faz merda e o importante nessa hora é não perder o bom humor e rir das maluquices que a gente faz de vez em quando. Se a merda for muito grande, experimente pedir desculpas. E tente não repetir a dose.
    E, finalmente, pra ressaca do tipo três: nada de gente chata além do permitido, ou a mistura causará danos irremediáveis não só pro seu dia, como também pra sua paciência.



Biografia:
Vivian mora no Rio de Janeiro, escreve de vez em quando e pensa em escrever o tempo todo. Vivian é Vivian porque assim quis a dona Regina e o seu Paulo em 1988. Estuda psicologia, trabalha com planilhas e formulários - kriptonita para sua inspiração. Decidiu então, juntar seus trapinhos e publicá-los no blog ataldavivian.blogspot.com.br.
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