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Relato da Criação do Universo
Silvio Dutra

O Primeiro Dia da Criação (Gên 1.1-5)

“1 No princípio, criou Deus os céus e a terra.
“2 A terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo, mas o Espírito de Deus pairava sobre a face das águas.
3 Disse Deus: haja luz. E houve luz.
4 Viu Deus que a luz era boa; e fez separação entre a luz e as trevas.
5 E Deus chamou à luz dia, e às trevas noite. E foi a tarde e a manhã, o dia primeiro.”

No princípio Deus criou, no hebraico, bará, que significa criar a partir do nada, todo o universo, sem nenhuma matéria existente anterior e nenhuma energia existente anterior.
No verso 2 nós temos a afirmação de que a terra era sem forma e vazia.
No hebraico, a palavra para “sem forma” é “tohu”, que significa desértico.
E para vazio a palavra é “bohu”, que significa “um vazio sem utilidade”, isto é, algo que não pode ser utilizado na forma em que se encontra.
E a palavra para abismo, é tehom, indicando as profundezas das águas por sobre as quais o Espírito Santo pairava no início da criação.
O Espírito estava pronto e preparado para gerar todas as coisas que seriam chamadas à existência pela palavra de ordem de Deus.
Vemos no ato de Deus ter feito separação entre luz e trevas (v. 4), entre águas e águas (1.6) para criar o firmamento no meio das águas que estavam envolvendo toda a terra, e a que estava acima da terra, o seu poder para separar-nos do mundo para Ele, das trevas do pecado para a luz de Cristo, e formar no final de tudo, a partir de um vazio e de um nada um lindo jardim no nosso coração para que o Espírito habite nele eternamente; assim, como do vazio da terra fez no final um lindo jardim para a habitação do homem que criou.
A citação no verso 4 de que “viu Deus que a luz era boa” indica claramente pela ausência da mesma citação para as trevas, que onde não haja uma ação de Deus criando luz, a condição natural é de trevas.
A bondade incomparável de Deus demanda que tudo o que Ele cria, tudo que é fruto da sua ação, seja bom.
É importante lembrar que quando Deus criou a luz no primeiro dia o sol não havia sido ainda criado, pois somente o seria no quarto dia.
E já há uma referência a tarde e manhã, sem a existência do sol.
Antes de criar o corpo celeste que iluminaria a terra (o sol), e que viria a ser a fonte permanente de luz sobre a terra, Deus criou a luz.



O Segundo Dia da Criação (Gên 1:6-8)



“6 E disse Deus: haja um firmamento no meio das águas, e haja separação entre águas e águas.
7 Fez, pois, Deus o firmamento, e separou as águas que estavam debaixo do firmamento das que estavam por cima do firmamento. E assim foi.
8 Chamou Deus ao firmamento céu. E foi a tarde e a manhã, o dia segundo.” (Gên 1.6-8).

Deus disse no verso 6, que houvesse uma expansão (firmamento) no meio das águas, e isto significa abrir um espaço entre as águas, para formar os céus, e fez isto separando as águas das águas.
E Deus fez a expansão e separação das águas que estavam debaixo do firmamento, das águas que estavam sobre o firmamento.
Assim o que é dito aqui é que Deus criou os céus, como se conclui no verso 8.
Não havia nenhum céu envolvendo a terra antes do segundo dia.
Esta é a primeira verdade nesta revelação. Uma segunda, é que a água foi o elemento básico na criação, pois em II Pe 3. 5, se afirma que a terra surgiu da água e através da água pela palavra de Deus.
E realmente a água é o elemento básico sustentador da vida do mundo físico.
Agora a palavra "expansão, ou firmamento" é a palavra râqiya, que no hebraico, significa expansão. Significa esparramar para fora.
E aqui é dito que o espaço está sendo ampliado. Isto pode ser mais do que uma citação à atmosfera que envolve a terra, pois pode incluir também a idéia da formação do espaço onde seriam colocados todos os astros do universo no quarto dia da criação, inclusive o sol e a lua.
Pelo relato bíblico, a terra seria portanto o centro do universo, o centro da concentração das atenções de Deus, especialmente em razão do propósito por Ele fixado de criar o homem para habitá-la.
“Porque assim diz o Senhor que criou os céus, o único Deus, que formou a terra, que a fez e a estabeleceu; que não a fez para ser um caos, mas para ser habitada: Eu sou o Senhor, e não há outro.” (Is 45.18).      
O verso 8 conclui a breve narrativa do segundo dia da criação, afirmando que Deus chamou ao firmamento que criou de céus. Certamente é uma referência ao universo e não ao terceiro céu que é a habitação de Deus e dos anjos, dos serafins, dos querubins, dos santos que partiram para a sua morada celestial.




O Terceiro Dia da Criação (Gên 1:9-13)



“9 E disse Deus: Ajuntem-se num só lugar as águas que estão debaixo do céu, e apareça o elemento seco. E assim foi.
10 Chamou Deus ao elemento seco terra, e ao ajuntamento das águas mares. E viu Deus que isso era bom.
11 E disse Deus: Produza a terra relva, ervas que dêem semente, e árvores frutíferas que, segundo as suas espécies, dêem fruto que tenha em si a sua semente, sobre a terra. E assim foi.
12 A terra, pois, produziu relva, ervas que davam semente segundo as suas espécies, e árvores que davam fruto que tinha em si a sua semente, segundo as suas espécies. E viu Deus que isso era bom.
13 E foi a tarde e a manhã, o dia terceiro.”

A terra ainda estava despovoada, inabitável e não em sua forma final até o terceiro dia da criação.
Até agora nós tínhamos uma terra informe, totalmente envolvida pelas águas. Havia a luz e a vastidão de um universo que havia sido criado no dia anterior (segundo dia). E nós chegamos ao terceiro dia no verso 9. "Então Deus disse:” “Ajuntem-se as águas debaixo dos céus num só lugar, e apareça a porção seca.”. E assim se fez. A porção seca chamou Terra, e ao ajuntamento das águas, Mares. E então, no terceiro dia, Deus começou a amoldar e a povoar a terra.
As águas se moviam enquanto se juntavam ao redor dos continentes que estavam sendo formados, para dar origem aos mares.
A expressão “segundo a sua espécie”, no verso 12, relativa à reprodução, é repetida dez vezes no primeiro capítulo de Gênesis.
A palavra hebraica para "tipo" é “min”, que indica a limitação de variação.
Uma planta só pode produzir algo de seu próprio tipo.
Uma árvore só pode produzir algo de seu próprio tipo.
Isto põe por terra qualquer teoria relativa à possibilidade de evolução de uma espécie inferior para outra espécie superior.



O Quarto Dia da Criação (Gên 1:14-19)



“14 E disse Deus: haja luminares no firmamento do céu, para fazerem separação entre o dia e a noite; sejam eles para sinais e para estações, e para dias e anos;
15 e sirvam de luminares no firmamento do céu, para alumiar a terra. E assim foi.
16 Deus, pois, fez os dois grandes luminares: o luminar maior para governar o dia, e o luminar menor para governar a noite; fez também as estrelas.
17 E Deus os pôs no firmamento do céu para alumiar a terra,
18 para governar o dia e a noite, e para fazer separação entre a luz e as trevas. E viu Deus que isso era bom.
19 E foi a tarde e a manhã, o dia quarto.”

O nosso texto de Gênesis 1:14-19, descreve a criação de todos os luminares, os corpos estelares que ocupam o espaço infinito ao redor de nós.   
Nestes versos 14 a 19 do primeiro capítulo é afirmado de modo simples e direto que foi Deus quem fez todos os corpos celestes.
Quando A Bíblia diz que Deus fez as estrelas juntamente com o sol e a lua, está afirmando algo sobre o Seu imenso poder.
Aquela pequena declaração simples para algo tão imenso e complexo, como é o universo, e tudo o que ele contém, mostra que não há nada maravilhoso demais para aquele que é a verdadeira maravilha, o próprio Senhor.
As estrelas no céu dão testemunho da santidade e do poder de Deus. São imensas fogueiras queimando no universo, com diversos níveis de luminosidade e calor. Elas servem para nos trazer à lembrança que o nosso Deus é um fogo consumidor (Hb 12.29).
São bilhões e bilhões de estrelas queimando continuamente no universo como vários altares acesos para celebrarem a santidade do Altíssimo, do nosso amado Senhor. Como não seríamos convencidos da necessidade da santidade para habitarmos com um Deus que é Ele próprio um fogo consumidor e purificador?
Os raios de luz de todas estas estrelas atravessam o universo em todas as direções, por causa da forma esférica de todas elas, e a velocidade que Deus deu à luz é uma velocidade espantosa, muitas vezes maior do que a do som. Na verdade, é a maior velocidade que existe no universo. A velocidade da luz é de aproximadamente 300 mil km/s, e a do som é de 340 m/s.
Uma outra função para os astros colocados por Deus no universo, além de iluminarem e fazerem separação entre o dia e a noite, foi a de servirem para sinais, para estações, para dias e anos (Gên 1.14).
Assim, com a criação do sol, da lua e das estrelas, Deus criaria um dia de 24 horas, que inclui um período diurno e outro noturno.
Cada dia seria marcado por um amanhecer e por um anoitecer.
O verbo usado no verso 14 para “fazerem”, no hebraico, é hayvom, que significa “para servir”. Deus deu estes corpos luminosos para servirem. Para servirem de “sinais”, otth, no hebraico, que tem usualmente a conotação normal de um sinal para os habitantes da terra.
E quais foram estes sinais? Eles são descritos no texto. Seriam sinais que apontariam as estações, os dias e os anos. Então não foi o homem quem inventou o calendário.
Foi o próprio Deus que determinou um meio para marcar o tempo do homem na terra.
E as estações seriam os sinais maiores para a marcação deste tempo, pelas suas características bem distintivas, nos períodos do outono, inverno, primavera e verão.
E o sol é um determinador de anos porque leva um ano inteiro para a terra completar uma volta em torno do sol. Assim são os corpos celestiais que nos ditam quando nós devemos trabalhar e quando nós devemos descansar, quando nós estamos acordados e quando nós dormimos.
Como em todos os dias da criação, a conclusão dos atos criativos de Deus é feita com a citação: “Houve tarde e manhã”, e na seqüência é citado o dia respectivo da tarde e manhã que houve naquele dia, aqui em Gên 1.19, o quarto dia, em que Deus criou todos os astros que existem no universo, com exceção da terra, que havia sido criada no primeiro dia. É importante ver que até mesmo o satélite da terra, que é a lua, foi também criada neste quarto dia, lançando-se por terra a teoria que afirma que ela teria sido formada por desprendimento de materiais que saíram da terra.




Quinto Dia da Criação (Gên 1:20-23)



“20 E disse Deus: Produzam as águas cardumes de seres viventes; e voem as aves acima da terra no firmamento do céu.
21 Criou, pois, Deus os monstros marinhos, e todos os seres viventes que se arrastavam, os quais as águas produziram abundantemente segundo as suas espécies; e toda ave que voa, segundo a sua espécie. E viu Deus que isso era bom.
22 Então Deus os abençoou, dizendo: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei as águas dos mares; e multipliquem-se as aves sobre a terra.
23 E foi a tarde e a manhã, o dia quinto.” (Gên 1.20-23).

Até o quinto dia não havia sido criado um só ser do reino animal. Como vimos antes, o reino vegetal havia sido criado no terceiro dia, e agora, no quinto dia, Deus começa a criar tudo do reino animal, com exceção dos mamíferos e répteis terrestres, incluindo aqui os insetos e outras formas de vida, que citaremos na parte relativa à criação do sexto dia, dia em que foi criado também o homem, como o último ato da criação de Deus.
Quando Deus formou os vegetais no terceiro dia, Ele não usou a palavra hebraica nephesh, traduzida por “alma”, e a palavra raiâh, “vivente”, em Gên 2.7. As árvores são seres vivos, mas não estão dotadas desta percepção do ambiente em que vivem e nem podem se mover como os animais.
Por isso as mesmas palavras hebraicas citadas anteriormente são usadas também em Gên 1.21 para designar a criação dos “seres viventes” (animais) no quinto dia da criação, bem como em Gên 1.24 para a criação dos demais animais no sexto dia.
Apesar destes animais demonstrarem que são formas de vida inteligente, e dotados, muitos deles dos mesmos órgãos que compõem o corpo humano, no entanto há uma imensa distinção entre o homem e qualquer um deles, porque o homem está dotado de um espírito que lhe permite comunicar-se com Deus, e adquirir as virtudes morais de Deus, e tem várias faculdades em seu espírito como a da vontade e direção própria.
O homem tem também a capacidade de se auto conhecer e tem um destino eterno, em razão de ter um espírito.
O verso 21 começa com “Criou pois Deus”. Estes animais são seres criados. E a palavra usada aqui no hebraico é bará, a palavra para criar.
E os criou com a capacidade de se reproduzirem, e isto não é algo natural, mas um milagre, a demonstração prática da existência do poder de Deus, que foi colocado em todos os seres fecundos da criação, exatamente para darem este testemunho silencioso de que há um Criador que planejou todas as coisas e as chama à existência pelo Seu poder.


O Sexto Dia da Criação (Gên 1.24-31)



“24 E disse Deus: Produza a terra seres viventes segundo as suas espécies: animais domésticos, répteis, e animais selvagens segundo as suas espécies. E assim foi.
25 Deus, pois, fez os animais selvagens segundo as suas espécies, e os animais domésticos segundo as suas espécies, e todos os répteis da terra segundo as suas espécies. E viu Deus que isso era bom.
26 E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais domésticos, e sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se arrasta sobre a terra.
27 Criou, pois, Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.
28 Então Deus os abençoou e lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos; enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se arrastam sobre a terra.
29 Disse-lhes mais: Eis que vos tenho dado todas as ervas que produzem semente, as quais se acham sobre a face de toda a terra, bem como todas as árvores em que há fruto que dê semente; ser-vos-ão para mantimento.
30 E a todos os animais da terra, a todas as aves do céu e a todo ser vivente que se arrasta sobre a terra, tenho dado todas as ervas verdes como mantimento. E assim foi.
31 E viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom. E foi a tarde e a manhã, o dia sexto.”

Até agora nós estudamos os cinco primeiros dias da criação. Os primeiros cinco dias estavam realmente equipando a casa na qual o homem moraria. O homem é o governante da terra. O homem é o pináculo da criação de Deus, criado à Sua imagem. Assim, por ser o homem diferente de tudo o mais na criação, por ser a coroa da criação, a sua casa foi preparada e receberia o toque final no sexto dia com a criação dos animais que vivem sobre a terra seca, antes que o homem fosse finalmente criado.
E no sexto dia, como já dissemos antes, houve este último retoque na criação, antes de ser formado o homem. No começo do sexto dia foi necessário criar as criaturas da terra que são identificadas nos versos 24 e 25 em três categorias: animais domésticos, répteis e animais selvagens. Este foi o toque final de Deus para preparar a casa na qual o homem moraria.
O homem era o objeto. O homem era o assunto principal aqui. Era a criação do homem com o propósito remissório que Deus realmente tinha em mente. Tudo perecerá no universo. Tudo sairá da existência no universo. As estrelas cairão, de acordo com o livro de Apocalipse; e o sol e a lua acabarão. O universo inteiro será enrolado como um rolo de papel. A criação inteira derreterá com calor abrasador. E tudo sairá de existência. Mas não o homem.
O homem é pois o personagem principal, e o desdobramento completo da criação é um teatro no qual a grande saga remissória possa ser terminada com Deus buscando uma noiva para o Seu Filho, como Deus busca demonstrar a Sua graça e misericórdia e compaixão e poder de salvação, tanto para os homens, como para os anjos.
Em Gên 1.30 vemos Deus dizendo que os animais foram criados para servirem de mantimento para o homem. Ora, está implícito aqui que além de se alimentar do leite e dos ovos de alguns deles, ele também se alimentaria deles.
Nos versos 26 e 27 lemos: “Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra. Criou Deus, pois o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.”.
Aqui está o ápice da criação que é a razão de tudo o mais que foi criado. Não foi o homem que foi criado para o boi, mas o boi para o homem. E é neste mesmo sentido que Jesus disse aos fariseus legalistas que davam mais importância ao sábado do que ao homem, que foi o sábado que foi criado para o homem, e não o homem para o sábado.
E o domínio do homem sobre a criação foi declarado e determinado por Deus.
Quanto à criação do homem há um ponto distintivo quanto ao modo usado na palavra de ordem divina. Para as demais coisas temos um haja, um produza, um povoe, mas aqui temos um façamos. Façamos o homem à nossa imagem.
E o homem não foi criado para pertencer a si mesmo, mas foi dado pelo Pai ao Filho. Como lemos em Col 1.16 que tudo foi feito por meio de Jesus e para ele.
E esta vida espiritual do céu não foi recebida pelo homem quando se diz em Gên 2.7 que Deus formou o homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente, porque o que se diz aqui é uma referência ao dom da respiração, o mesmo que foi dado aos animais como se depreende de Gên 7.22: “Tudo o que tinha fôlego de vida em suas narinas, tudo o que havia em terra seca, morreu.”.
Quem determina a capacidade para receber esta vida do céu não é esta referência ao fôlego de vida porque os animais também o receberam e não têm tal capacidade; mas o que nos dá tal capacidade é o fato de termos sido criados à imagem conforme a semelhança de Deus.
Em Gên 1.27 se afirma: “Criou pois o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.”. A humanidade é portanto composta de homens e mulheres. E Deus instituiu o casamento conforme está expresso na citação à unidade do casal constante de Gên 2.23,24.
Assim, para o casamento do homem com a mulher Deus previu um propósito mais elevado do que a simples reprodução, pois o casamento serviria de sinal para a união que há entre Cristo e a igreja.
E dentre as coisas reveladas acerca da criação do homem, além da responsabilidade que ele recebeu de dar nomes a todas as criaturas, foi-lhe também dada a incumbência de cultivar e guardar o jardim do Éden (Gên 2.15).
Havia um trabalho que lhe foi designado. Não havia ainda suor do rosto e canseira porque não havia pecado.
E no jardim que Deus plantou para o homem fez brotar toda sorte de árvores agradáveis à vista e boa para alimento; e também a árvore da vida no meio do jardim e a árvore do conhecimento do bem e do mal (Gên 2.9). E estas duas árvores foram destacadas como árvores sem igual, e sobre as quais Deus havia determinado propósitos e ordens específicas para o homem.    
E depois de ordenar ao homem que cultivasse e guardasse o jardim, Deus “lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás, porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.” (Gên 2.16,17). Isto foi uma advertência.
Assim a responsabilidade do homem era aprender sobre a criação e glorificar a Deus pelas suas maravilhas e então classificar e moldar a criação de forma que isto fosse em todos os sentidos para a honra e glória do Criador. Agora se lembre, que não havia nenhum temor e não havia morte.
E apesar de ter sido grandemente afetado pela queda ao pecado, e com isto, pela morte, nós vivemos ainda num mundo que foi projetado por Deus para manifestar a Sua glória. E isto é ensinado expressamente em vários lugares da Bíblia.



O Descanso de Deus Relativo à Criação (Gên 2.1-3)
     

   
“1 Assim foram acabados os céus e a terra, com todo o seu exército.
2 Ora, havendo Deus completado no dia sétimo a obra que tinha feito, descansou nesse dia de toda a obra que fizera.
3 Abençoou Deus o sétimo dia, e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra que criara e fizera.”

O sétimo dia é muito importante porque é em relação a ele que é usada pela primeira vez a palavra "santo" na Escritura.
A palavra hebraica "kedesh", traduzida "santificado" no verso 3, é a palavra "santo".
A raiz "kedesh", significa ser cortado ou separado. E santidade, é portanto elevação ou exaltação sobre o nível habitual.
Assim o sétimo dia é um dia especial. É um dia separado.
É um dia cortado dos outros porque seguiu imediatamente à conclusão de todas as coisas criadas nos seis dias anteriores a ele.
É um dia exaltado, porque Deus abençoou e santificou este dia, isto é, Ele declarou que este dia deve ser santo.
Este dia é um dia especial para Deus, porque a partir dele se cumpriu o Seu decreto fixado na eternidade, e indicava a condição de descanso eterno pretendida por Deus para Ele e suas criaturas, especialmente o homem que criara.
O sétimo dia é dia de descanso, não no sentido de repor a energia perdida, mas no sentido de não trabalhar, de não se ocupar o homem com coisas que sejam do seu interesse, mas com as que são de Deus, em comunhão com Ele.


Biografia:
Servo de Deus, que tendo sido curado, pela graça de Jesus, de um infarto do miocárdio e de um câncer intestinal, tem se dedicado também a divulgar todo o material que produziu ao longo dos 43 anos do seu ministério, que sempre realizou para a exclusiva glória de Deus, sem qualquer interesse comercial ou financeiro. Há alguns anos atrás, falou-me o Senhor numa visão que eu fosse ter com os puritanos e com Martyn LLoyd Jones. Exatamente com estas palavras. Por incrível que possa parecer, até então, nunca havia ouvido falar sobre os puritanos e LLoyd Jones. Mais tarde, fui impelido pelo Senhor a divulgar todo o material que havia produzido como fruto do referido estudo. Você pode ler e baixar estas mensagens nos meus seguintes blogs e site: http://livrosbiblia.blogspot.com.br/ Comentário dos livros do Velho Testamento https://www.legadopuritano.com/ https://spurgeonepuritanos.net/ https://jenyffercarrandier.wixsite.com
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