Vaginas
Quantas vaginas
Nem mais nem menos
Só o suficiente
Grandes, pequenas
Perto, longe
Abertas, fechadas
Simples, recalcadas
Todas minhas
Nenhuma de posse
Algumas amadas
Outras utilizáveis
Me divirto com as feias
Me exibo com as invejáveis
Poderia eu ser o pior dos animais
Mais nem bom reprodutor eu sou
Poderia eu me entregar ao amor
De apenas uma vaginazinha sobreviver
Poderia eu parar de beber
E principalmente parar de embriagar as miseráveis
Deveria odiar
Acordar untado de prazer
E não querer nunca mais chupar ninguém
Mais o que faço
Se eu sou o melhor bem que elas têm
Melhor deixar-me em meu Arem de vaginas
Na minha mais pura inocência
De que nunca irão me deixar
Deixa-me amá-las, não como elas merecem
E sim como desejam
Deixa-me criá-las como filhas únicas
Como soberanas a qualquer outras
Mesmo olhando nos olhos e dizendo
Que minto
O que importa é que
Elas sempre voltam...
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