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Traçando um paralelo.,
de lugar para lugar nenhum.,
lathea

Resumo:
O que realmente é o Rio de Janeiro? falando e área, espaço demografico.,

Trançando um paralelo de lugar para lugar nenhum!

O que realmente é o Rio de Janeiro? Falando em área, espaço demográfico, divisão territorial, espaço urbano com definição. Onde seria o Rio de Janeiro? Há uma definição muito exemplar que determina; zona oeste do rio são os bairros a oeste do maciço da Tijuca, que ocupa mais da metade do município. A zona norte como definição ainda é muito confusa, mais que a zona oeste, sem nenhum traçado que separe e que defina sua área objetivamente. É quase uma definição aleatória. Existe o fato de áreas na zona norte ou oeste terem lugares ocupados por uma classe media ou classe media alta.
O que determina realmente o Rio de Janeiro? Será que sua divisão fica a mercê desses paralelos? Existe uma diferença de tratamento nas áreas determinadas ao que desrespeita a renda e ao investimento. Não há investimento relevante em áreas norte e oeste, só o que é determinado como área classe média alta. Então é mais que natural essas áreas terem maior número de carência, classe baixa, classe z, digamos assim. É fato que os maiores problemas de infra-estrutura está na zona oeste, norte e nos municípios. Mas qual é lógica da cidade? Só lugares de renda alta que são assistidos pelo poder público? Por exemplo: é relevante que o IPTU arrecadado em zonas carentes corresponde o mínimo, em relação, ao IPTU em áreas de classe alta, que arrecada um montante maior.
Podemos dizer que; o pessoal não paga IPTU, ou seja, as maiorias em zonas de classe baixa, não pagam porque não existem investimentos e melhorias na estrutura das áreas carentes, e nem na vida dessas pessoas. Isso consolida grandes problemas na arrecadação de impostos dessas áreas, como também, agrava os problemas na política de moradia, saneamento e pasmem vocês, até na relação emprego e trabalho. Pelo menos pensei que, esse paralelo da divisão das áreas carentes no Rio de Janeiro, seria mais coerente e mais justo. Muita gente acha que o Rio poderia ser dividido em Central, Nordeste, Sudoeste e Sudeste, uma coisa parecida com São Paulo, uma visão mais justa de critério divisivo.
O problema também é relacionado à zona sul, que corresponde menos de 25% do território do Rio. Era muito menos antes da construção dos túneis para Copacabana. Bem, zona real mesmo era o centro do Rio, quando não se tinha acesso fácil para a zona sul. Tudo era resolvido no centro do Rio, tudo girava no Centro do Rio. Até o congresso era no centro do Rio. Com a construção do túnel do leme a rapaziada descobriu a zona sul. Aos poucos as áreas de areia e praia foram se anexando ao Rio de Janeiro. Ah zona sul! O metro quadrado mais caro do Rio! Expandiu-se o território sul e as zonas norte e oestes foram distanciando-se mais e mais. Com uma ajudinha dos moradores da tijuca que migraram para Copacabana, logo quando a área se tornou referência da elite do Rio de Janeiro.
E aí foi uma migração maciça que hoje não se sabe onde vai parar. De copa para Ipanema, de Ipanema para o Leblon, passando por São Conrado, Barra, Recreio dos Bandeirantes. Uma grande febre classe alta paira sobre nossas cabeças. O subúrbio virou lugar de vadiagem, pobreza e precariedade. Enquanto todo mundo sonha em morar na zona sul lugar de prestígio, respeito e sofisticação, e isso não é coisa de suburbano não. Gente de Botafogo, Flamengo, Copacabana e entornos, sonham em morar em Ipanema ou Leblon, tem sempre uma onda mais ao topo; seja ela, classe média, baixa ou alta. E junto com arquétipos e culturas vão se desenhando divisões que nem sempre são meras linhas no mapa da cidade. Às vezes essas linhas se transformam em estatísticas, em gráficos cruéis, índices de assaltos e roubos. Tanto que o seguro de um carro no subúrbio é um dos mais caros no Rio de Janeiro.
Territórios segregados, violentos e desassistidos pelo poder público; parece que houve um abandono dessas áreas mais a oeste ou a norte do entorno do Rio e o glamour que os subúrbios tinham viraram fabulas, conto da carochinha. No subúrbio só tem samba, futebol e funck que não deixam de ser um tipo de cultura. Mais também tem trabalhadores, gente, culinária, sonhos e muitos querendo o melhor. Tanto que em época de eleição o primeiro ponto chave e ocupar são os calçadões do município, zona oeste e norte. Com seus alto falantes, panfletos e o corpo a corpo com os eleitores. A periferia que sofre de quatro em quatro anos é o epicentro da contagem nas urnas. Enquanto os menos de 25% do território não dão para eleger muita gente.
Costumamos dizer que; o Rio de Janeiro oficial é a área em que o cristo redentor está abraçando a cidade, o resto não é filho de Deus, quiçá carioca. E isso causa uma controvérsia para os tijucanos, onde o cristo está de lado, quase se virando definitivamente. Não deve ser por isso, ou deve? Que a divisão das zonas norte, oeste e sul têm como ponto de referência a tijuca. Tudo bem que todo mundo é igual no bar, no futebol e no carnaval. Mais todo mundo sabe que existe uma diferenciação inclusive de preço, estilo de roupa, casa de shows e centros culturais. Não é por isso que o subúrbio perde seu estilo, continua a criar tendências e paradigmas. A diferença pesa mais na distribuição da renda, na economia para ser mais claro. Ainda bem que existe o Saara, Rua da Alfândega, Uruguaiana.
Tem muito charme nisso tudo, zona norte, sul, oeste. O que faz a diferença é você, de não deixar essas linhas paralelas limitá-lo. Cloro que o problema da falta de dinheiro atinge todo mundo e não dá para ser tão criativo duro. Mais ainda assim, sem papo de alto ajuda, conseguimos ser criativos. Eu conheço vários estilos que fazem à diferença no Rio: já vi neguinho de tênis Kichute, calça tergal, blusa quadriculada. Fica legal pra caramba e é tudo muito barato. E assim outras dicas que vão surgindo em torno da alma carioca. Digo; ser carioca é muito mais que uma moda, é um estilo, é uma filosofia. Tanto que neguinho conhece carioca até no Azerbaijão.
Fico feliz por ser dessa tribo louca e indefinida, tirando essa gostosura de ser carioca leste oeste sul norte, a tristeza fica por conta da política de investimento, da economia, da cultura, da saúde, da moradia e do planejamento familiar. Tirando esses 95% de problemas políticos ligados à população carioca, ainda restam 5% de festa, samba, suor e cerveja. É eu sei, podia ser mais? Para que tanto, se o dinheiro nem dura o mês todo.
Alegria minha gente
Gente alegria
Muita alegria.
tristeza
Só amanhã quando for
Pagar as contas!

Ass, Lathea




Biografia:
escritor amador
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