O capitalismo falhou
O mundo começa a sentir os desdobramentos do capitalismo selvagem. A crise na união européia desencadeia quedas na bolsa de valores; diminuição de salários, demissões e medidas dramáticas. Como hera esperado e noticiado no mundo, desde abril de 2010 a Grécia pedia ajuda monetária a UE e o FMI, já com seus indicadores apontando para o pior. O pedido de ajuda monetária tramitando nos gabinetes da França e Alemanha, onde a Grécia precisaria de 45 bilhões iniciais para se segurar no mercado comum europeu.
A economia da Grécia é capitalista mista com participações de empresas do governo. Seu principal setor de serviços, indústria, turismo e mineração. Em 2010 a Grécia entraria em profunda crise econômica recorrendo assim, ao FMI, tomando medidas escravisadoras, em relação ao povo grego; com redução de salários, demissões em massa e reduzindo ao máximo os benefícios dos aposentados. Alemanha e França prontificaran-se a estudar o caso da Grécia. Desde abril que essa anunciação da crise está em pauta e nada foi feito.
Até hoje não houve nenhuma ajuda financeira, motivo porque desencadeou tão forte crise. O governo alemão alega que a Grécia é o maior beneficiado do dinheiro do FMI e UE. França e Alemanha já disseram que não vão assinar um cheque em branco para a Grécia. Também era de se esperar, de um país que tem uma economia frágil como à Grécia. Sem tradição de grande exportador no mercado internacional; eu nunca vi produtos made in Grécia. Suas indústrias prestam serviços internos, causando uma divida interna considerável.
A falta de um ajuste fiscal consciente do governo grego da margem ao esbanjamento de dinheiro público, junto à credibilidade do povo que praticamente apóia esses governos, que também, tem um caráter grego tradicional, racialmente falando. O povo grego iludiu-se com as facilidades do capitalismo, gastando mais do que podia e tendo o governo como exemplo. Não é a toa que a Grécia foi chamada pelo governo alemão; o país que maior se beneficiou com empréstimos do FMI.
A Grécia não tem petróleo, o que ajudaria e muito o afastamento imediato da crise; nem bombas, nem exércitos especializados em guerras. Nunca ouvi dizer que a Grécia exporta para o mercado internacional. Nunca ouvi dizer, que a Grécia tem grandes riquezas minerais. Tanto que o setor de turismo arrecada mais que o pecuário e o industrial. Parece-me que o povo grego vive ainda no mundo antigo, na Grécia clássica, uma espécie de época de ouro. Sou um admirador da Grécia antiga e concordo quando o poeta diz; somos todos gregos. Mas viajar no passado glorioso e épico grego, ignorando o capitalismo selvagem é um pouco de mais.
Com a onda de quebradeira geral, tanto da economia, como atos praticados na greve geral, agravando radicalmente a situação por lá. O aumento do combustível e do cigarro, corte dos salários décimo terceiro e décimo quarto. Com a crise dos bancos nos setores públicos e na previdência, fica difícil de encontrar uma saída. Em outras palavras, sempre é o povo que sofre com esse tipo de crise. Como diz o ditado; o povo sempre paga a divida dos governantes.
Admiro a luta do povo grego para garantir os seus direitos. Apoio incondicionalmente o povo que vai para rua protestar e reivindicar seus direitos. A luta democrática tem que ser permanente. O povo não deve se iludir com um falso bem estar social, ainda mais, com uma crise anunciada. Sabemos que, quando a coisa fica feia é o povo que paga. Acho que o povo grego tem que depor seu primeiro ministro, para dar as diretrizes e para garantir a eles o que realmente necessitam. Ninguém quer um governo que deixa a coisa rolar, não se preocupando em realizar um pacote fiscal realista.
O capitalismo e seus temas artificiais apoiados na filosofia Keynesiana que diz; que o capitalismo alto se regula, que não é necessário à intervenção do estado; isso fez com que várias economias ruíssem ao longo do século. No caso da Grécia é um caso bem típico do novo capitalismo global. Dizem até que a crise assemelha-se com a dos USA e pode ecoar para outros lugares como Espanha e Itália. Aí a coisa pode ficar mais grave porque, suas dividas ainda são mais altas do que à Grécia. Os indicadores econômicos apontam que esses paises realmente, não têm um tostão furado no bolso para pagar suas dividas.
Voltando o capitalismo global que é o maior vilão dessa historia. O povo grego além de reivindicar seus direitos, teria que formar uma comissão permanente de repúdio a esse sistema monetário predador, que ao longo do século especulou, escravizou e manipulou países com pouca infra-estrutura. Impondo uma economia feroz ao povo; com perdas salariais, com perdas de direitos trabalhistas reformulado na CLT. Empresas multinacionais implantadas em outros países de origem subdesenvolvidos que escravizando seus trabalhadores conseguiram ganhar muito dinheiro e o próprio sendo enviando para seus países de origem. A alta especulação em papeis ações; tudo isso fez com que, grande parte das nações periféricas, ruísse consideravelmente. Só nos resta o bom senso de pensar que tudo vai melhorar. E que por outro lado, que essas manifestações populares ganhem uma dimensão planetária permanente. O povo grego que passa por esse momento sofrido, consiga dar uma lição ao mundo. Que tenha força para manter a greve geral e se for necessário, depor seu chefe de estado.
Ass, Lathea
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