Voa gaivota, voa! ( Um não a agressão contra as mulheres) |
THERESA CHRISTINE FILGUEIRAS RUSSO ARAGAO |
Resumo: "Como pode um homem
Maltratar a orquídea marinha?
A rosa pequenina?
A próxima geração?
Porque dessa menina
Nascerão violetas
Narcisos amiúde
A mãe, a certeza
A nau da virtude..." |
E Deus criou a mulher
E do homem ela se fez
Para combinar com as rosas
Para combinar com o som de um violino
Para ninguém se sentir sozinho
Oh, Matriz!
Geradora dos gerúndios
Olhas para o barco
E as gaivotas ao redor
Embalas de amor
Oh, Mulher!
Encanto da criação
Sorriso ainda vivo na dor
As entranhas como uma cama quente
O abrigo do abrigo
O botão do botão
O mar de arrebentação
Como pode um homem
Maltratar a orquídea marinha?
A rosa pequenina?
A próxima geração?
Porque dessa menina
Nascerão violetas
Narcisos amiúde
A mãe, a certeza
A nau da virtude
Quisera ter com Deus
Falar dessa vergonha
Do filho será o homem
Como gaivota adulta
Rodeando o barco
Navegando nas águas
Da covardia
Tocar numa mulher
Com a vil atitude
Da agressão
Regresso para casa
No meu barco em águas mansas
A noite vem e o silêncio está cheio de gritos
Que a poesia ecoe um dito
Na dor dos olhares aflitos
Vai gaivota livre!
És para voar!
RUSSO,T.C.F.
|
Biografia: Professora universitária, área de bioquimica e biologia molecular, escrevo o que sinto, gosto de desenhar grafites e esculpir em paredes, gosto de cinema e tenho apreciação por Fernando Pessoa, Augusto dos Anjos e Clarisse Lispector. Sou o que sou e vivo o que quero viver... |
Número de vezes que este texto foi lido: 52814 |
Outros títulos do mesmo autor
Publicações de número 1 até 9 de um total de 9.
|