Era uma vez um moço
Ele colecionava tudo
Tampinhas de garrafa
Caixa de fósforos e canetas
Na sua casa não tinha espaço para mais nada.
Mas um dia resolveu colecionar namoradas
E Antonieta levou sua coleção de canetas
Consuêlo levou sua coleção de sêlos
Aninha aliviou o espaço das tampinhas
Até que numa madrugada
O colecionador acordou sem nada.
Chorou, não se conteve
Mas uma boa idéia teve
Iria por diante colecionar emoções
Que fizessem bem ao coração.
E começou pelo amanhecer
Como foi bom ver o sol nascer
Até as dez cumprimentou várias pessoas
E de verdade, colecionou várias amizades.
Perto do meio dia foi visitar Maria
Que se encontrava na enfermaria
Sentiu-se muito bem
Que só por isso tinha ganho o dia.
A tarde foi contemplar o lago
As águas estavam calmas
E transmitiram raios de paz
Para a sua alma.
As seis da tarde, ao som da Ave Maria
Agradeceu pelo seu dia e apreciou o entardecer
Sentiu grande prazer ao admirar a lua, no escurecer
E, por puro amor pôs um cartaz a porta de sua casa dizendo
Aqui reside o maior dos colecionadores!
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