A DOR!
Perene é a dor
que constante se fez,
impávida em amor
de terna sentatez
e justa razão.
Travessa lucidez
do canto ao ocaso,
prenúncio do alvorecer
reluzindo o encanto
afora os dissabores
da efêmera desdita,
de praxes e louvores
da crença bendita,
refeita em sufrágio
d'alma nativa
e ameno presságio.
Do compasso a ciranda
como alvor de candura
à mera utopia
em noite cigana.
Sob constelação
obsceno aos clamores
da estação saudade
furtivo aos devaneios.
Quiçá! O quebranto
remoto aos anseios,
amiúde contido
ofusque a solidão.
Alvaro Sertano,
http://pt.netlog.com/alvarosertano
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