Na Pedagogia da Vida, a Cosmoética estabelece aos que amam verdadeiramente, que continuem no aprendizado do Amor, amando
mais, prosseguindo nas suas caminhadas evolutivas através das vidas sucessivas, encontrando-se e se reencontrando ainda, tantas vezes quanto forem necessárias, para expandirem-se conscientemente no amar, no servir incondicionais e na autoplenitude.
Os que oneraram a própria consciência e a Consciência Divina, por equívocos em passadas existências, são constrangidos a recapitular em experiências, reencontrando-se no presente, em nova roupagem física, e, em novos contextos geográficos, socioculturais, raciais, familiares, consangüíneos, com propósitos implícitos ou explícitos, de encontros e reencontros.
Estas recapitulações educativas são indispensáveis, no sentido de se reeducarem e se perdoarem mutuamente no eterno aprendizado do amai-vos uns aos outros como no ensina a síntese evangélica de Jesus.
Infinitas e múltiplas são as alternativas possíveis, no Plano Divino existencial no sentido de possibilitar, no plano humano, a cada ser humano, com o espírito, agente cocriador, do seu próprio destino.
A construção e a reeducação dos respectivos projetos de vida são grandes oportunidades a aprendizagem redentora.
As surpresas agradáveis ou desagradáveis das vicissitudes da vida são abençoadas lições de aprendizagem, para promoverem o despertar consciencial de cada um ou de cada uma.
Se ainda tal não aconteceu, ou então para os despertos ou que já despertaram, se revestem de especial significação pedagógica, para prosseguirem no aprendizado, enfrentando novas lições, promotoras do autoconhecimento e autocrescimento consciencial, em harmonia com o Plano Divino existencial, individual e coletivo.
Assim é a Pedagogia Divina...
O ser autista, ainda em seu estágio infantil, é também um Ser de Luz em sua essência, como todos são.
Mas este, por razões de necessidade pessoal, aceitou renascer de novo, agora, portador de uma deficiência da mente, como um imperativo necessário ao seu desenvolvimento espiritual, em consonância com sua herança genético-espiritual, para sua autorecuperação redentora.
Os sonhos recorrentes são fenômenos psicobiofísicos-anímico-conscienciais indicativos de que a vida de relação não se restringe apenas ao estado de vigília, mas que se estende muito além do espaço-tempo físico.
Lá é o lugar onde as famílias espirituais compartilham da vida imperecível, convivendo em harmonia e sintonia com a lei do amor universal, amando e servindo em todos os planos de manifestação de vida consciencial.
Os caminhos que eram paralelos, agora se encontram.
Nada é por acaso. Os sentimentos em algumas situações, nada modificam em relação aos que tem filhos neurotipicos, ou considerados normais.
Todos passam pelas mesmas angústias, dúvidas que outros já passaram quanto ao diagnóstico, os medos e culpas por ele ser diferente.
A vontade de que o diagnóstico estivesse errado, a cura, enfim tudo que uma mãe e um pai de um autista ou deficiente da mente passa, sente e quer.
Hoje em dia minha esposa anda dizendo que é a mãe de autista, e anda repetindo que é a mulher mais feliz e abençoada do mundo pelo filho que tem.
Creia que você também o será com tua filha, ou filho e com um relevante: se for por adoção, é porque você foi favorecida por ato da Providência Divina. Sábia. Que não erra.
Nada há de grave com sua filha ou filho diferente, mesmo que fosse doente você não deve perder a esperança para que todos sejam felizes.
Conserve a sensatez e a capacidade de selecionar a todos aqueles que se aproveitam da tua ansiedade e condição de impotentes frente a uma causa desconhecida e sem ter ninguém para defender.
Se há uma coisa dolorosa para os pais, é a falta de respostas concretas para filhos deficientes. Nossa posição é estarmos sempre em meio a pancadas, tratando de entender ou de ver como defender a melhora dos nossos filhos de tantas teorias que levam do nada a lugar nenhum.
Criei uma filosofia (se é que posso chamar assim): tinha o Autismo como meu inimigo (ele tomou meu filho), então tratei de aprender tudo o que pude sobre ele, e neste aprendizado, incluí todas as armas que tinham me derrotado.
Afinal ser Autista, não é estar doente. Autismo é um estado de Ser.
Até que um dia ouvimos... Ele saiu do estado autístico. Um a zero para nós. Ganhamos a competição. Esse título ninguém nos tira.
No momento em que estou escrevendo este trecho, meu filho veio até a mim perguntando se amanhã podemos ir a um passeio?
Respondo afirmativamente que sim.
Ele diz: bom pai. Beija-me o rosto e diz que vai dormir.
Nós, já não fazemos manifestações comemorativas quando isso acontece.
Acostumamos com a rotina, mas não nos esquecemos de agradecer a Deus com a eloqüência silenciosa da prece, pela benção que recebemos.
Houve tempos quando ele pronunciava um monossílabo apenas, servia de motivo para chorarmos durante muito tempo emocionados pelo fragmento de resposta recebido.
Como explicar agora o fato dele estar manifestando plena consciência de uma programação para o dia posterior, ou com o sentido do significado de uma boa noite?
Qual o valor por ouvir uma palavra de um filho que não foi responsivo durante tantos anos?
Só quem tem um nas mesmas condições, é capaz de avaliar os luminosos sentimentos ao vê-lo acordar todos os dias com um sorriso no rosto.
Já ocorreu a você perguntar onde por onde teu filho ou tua filha andou durante o sono?
Aqueles que têm coragem de amar compreendem que os primeiros e grandes beneficiados pelo amor, são eles mesmos.
Quanto mais puro e forte for, maior será a troca de benefícios entre vocês e seus filhos, deficientes da mente, adotados ou não, e que o tempo, Senhor da Razão lhes ministrará amostras grátis do remédio divino em todos os momentos.
Cada ser humano deve concluir o seu modelo, ninguém pode tirar a agulha das mãos do próximo, nem dar um ponto sequer no modelo da vida do seu semelhante.
Ter um filho ou filha deficiente da mente, autista ou não, é um inolvidável trabalho abençoado, gerados a partir do berçário celestial para completar ou fazer sua família.
Ser deficiente é coisa da Natureza.
Ter um filho deficiente, da mente ou não, é coisa de Deus.
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