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Rosa: pétalas e espinhos característicos fiéis do Amor
Fernão Batilo

Sentia-se bem. Seus olhos estavam abertos e seus sentidos vibrantes. Nada mais era como antes, estava feliz.   
       Ficou parado um instante. Estava sozinho no quarto e o que fizera na noite anterior voltará a importuná-lo como um fantasma diurno. Deveria estar livre desse tipo de temor. Pois o que aprendera nesses meses deveria deixá-lo como se não tivesse um coração. O que estava sentindo nada mais é do que um efeito colateral ao quais muitos voluntários a provar uma droga desconhecida era sujeito. Deveria sentir ânsia de vômito, aflição e comoção nas primeiras horas. Sentiria apenas essas coisas nada mais.                                                     
Seus olhos consultaram o relógio e sentiu um arrepio. Sentiu seu ser estremecer.                         
"Era um mero contratempo, nada além de um simples efeito colateral. Que durariam algumas horas." pensou consigo.                                                 
Começou então a recuar e só deixou de andar para trás quando sentiu as suas costas a parede. Recostado nela foi baixando devagar. Juntou os joelhos perto do peito e desta forma reclinou a cabeça entre o espaço que havia do joelho e do peito, podendo ver então a cor da bermuda que usava.                                   
Sentiu a cabeça girar e então de súbito sentiu-se flutuar. Mais uma vez nomeou o que pensava sentir como um efeito colateral. Não estava acostumado a sentir aquilo. Apenas sabia o significado da palavra sentir, isso era o que o seu corpo provava apesar da falta de experiência.                                                
Olhou ao lado e viu uma rosa caída. Podia imaginar que a estava esmagando e assim sentiu em seus dedos o esfarelar das pétalas da flor como apertar as migalhas de um pão duro.                                                              
Mas algo fez com que lembrasse novamente o dia anterior e não sentia mais aquele desespero seguido de comoção e sentiu força de vencer aquela força negativa que o induzia a aceitar o pessimismo, sentiu outra sensação. Sensação de missão cumprida, onde seu coração bateu forte dando a ele novas forças.
Levantou a cabeça e logo estava de pé e decidido penteou o cabelo e vestiu uma camisa. E saiu do quarto. Ganhou o corredor onde ficou frente a frente com a porta que dava para a rua. Estendeu a mão e segurou a maçaneta com firmeza e a levou para baixo e empurrou a porta e viu-se frente a frente com a calçada. Olhou adiante e viu uma vasta rua e bem na esquina na ponta uma calçada, nesse momento sentiu as pernas se movimentarem depressa, após a carreira colocou-se de pé e esfregou os olhos úmidos e sentiu os raios do sol bater em seu rosto.
Estendeu a mão e pegou um envelope e com ele colocou a rosa que trazia consigo no lado de trás do bolso de sua bermuda.
-É pra você. Mesmo que perdi você para sempre, jamais sofrerei por causa daquilo que jamais fiz dar a você uma flor. Ainda que me lembre e chegue a ficar depressivo, lembrarei do tempo recorde que consegui ficar com uma mulher sem dar a ela uma rosa sequer, um presente sequer que simbolize meus verdadeiros e sinceros sentimentos.                                                               
Uma coisa para ele se tornou realidade o amor às vezes tem um sentido de flores.
E que rosas tem a características do amor. As pétalas e os espinhos nada mais são do que os momentos e o fim de uma longa paixão.                                                            


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